Suplicy defende adoção de penas alternativas



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) questionou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, sobre a possibilidade de mudanças na legislação para facilitar a adoção de penas alternativas à prisão, por entender que esta deve ser reservada, apenas, aos criminosos de grande perigo para a sociedade, quase sem possibilidade de recuperação. O ministro manifestou-se favorável à adoção maior de penas alternativas que, no Brasil, abrangem apenas 7% dos casos.

Suplicy também se manifestou sobre a proposta, em tramitação no Congresso, de aumento no período de incomunicabilidade dos presos, que poderia chegar a um ano, o que considerou excessivo. Para o senador, a medida poderia afetar o equilíbrio emocional e psicológico do detento. O ministro respondeu que essa medida somente será utilizada em casos extremos, como no caso de um chefe de quadrilha, uma vez que a incomunicabilidade longa visa a cortar a cabeça da organização criminosa.

- A experiência mostra que períodos menores não funcionam - garantiu o ministro.

O senador perguntou, ainda, se Thomaz Bastos era favorável ou não à descriminação das drogas. O ministro afirmou que mandará sua resposta por escrito, por causa de compromisso inadiável com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



24/04/2003

Agência Senado


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