Suplicy defende queda de juros
A redução da taxa de juros Selic, fixada pelo Banco Central em 18% ao ano, voltou a ser defendida pelo líder do Bloco Oposição, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), como condicionante à retomada do crescimento econômico do país. -As taxas de juros altas acabaram contribuindo para que a economia não crescesse adequadamente-, afirmou em entrevista à Rádio Senado.
Na opinião do senador, é preciso administrar os recursos e instrumentos de política econômica de forma a viabilizar taxas de juros mais baixas, capazes de acelerar o crescimento da economia. Ao impulsionar o setor produtivo interno, essa medida também renderia reflexos positivos, conforme acrescentou, sobre a arrecadação tributária.
De acordo com Suplicy, esse efeito colateral daria uma folga ao caixa do governo e reduziria o peso dos gastos com o serviço das dívidas externa e interna, -cujo pagamento não pode deixar de ser honrado-. Outro benefício seria o de alavancar investimentos em programas sociais, contribuindo para diminuir as desigualdades de renda.
Segundo dados publicados pela imprensa, o Brasil deve precisar de US$ 43,4 bilhões para honrar as contas externas em 2003. Esses recursos serão necessários para garantir o pagamento de parcelas da dívida externa que vencem no próximo ano e para compensar o déficit em transações correntes do país, composto pelo resultado da balança comercial (diferença entre exportações e importações), da balança de serviços (viagens internacionais, pagamento de juros, remessas de lucros e dividendos) e das transferências unilaterais (dinheiro remetido para o país por quem mora no exterior e vice-versa).
28/08/2002
Agência Senado
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