SUPLICY DIZ QUE HAVIA UM BALCÃO PARA "CLIENTES ESPECIAIS" NO INDESP
"Como isso é um fato notório, constatado inclusive por depoimentos de várias testemunhas no Ministério Público, pergunto se essa trama é do seu conhecimento ?", indagou o parlamentar.
Em resposta, Greca disse que não existe um balcão especial para privilegiar políticos ou "pessoas de terceira intenção". Negou que haja qualquer favorecimento em sua pasta, afirmando que age com "absoluta transparência" e dentro dos limites da lei.
Suplicy manifestou estranheza com as afirmativas de Greca e disse que não entendia como o ministro, "passado todo esse tempo da divulgação dos fatos, ainda não tenha conhecimento desse balcão e certeza de que foi enganado por Buffara".
O senador observou que um ministro tem "responsabilidades que não pode delegar", lembrando que o chanceler Willy Brandt renunciou à chefia política da então Alemanha Ocidental, um dos cargos mais importantes do planeta, diante de "meros boatos de espionagem para a Alemanha Oriental", envolvendo um de seus auxiliares. "Ele ganhou a admiração e o respeito do mundo inteiro", disse.
Greca respondeu que, há meses, vem investigando e coordenando sindicâncias para apurar as acusações que pesam sobre o ministério. "Minha intenção é esclarecer, por isso vim ao Senado espontaneamente. Não preciso pensar em renunciar, porque o presidente Fernando Henrique Cardoso e o meu partido, o PFL, mantêm plena confiança em mim. Se houver necessidade de correção de rumos em relação aos bingos, vamos fazê-lo".
18/11/1999
Agência Senado
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