SUPLICY LISTA O QUE O PAÍS PRECISA PARA CONSEGUIR JUSTIÇA SOCIAL



O governo deve levar em conta "não apenas o interesse próprio", mas a busca da ética, da solidariedade, da justiça, da liberdade e da democracia na adoção de instrumentos de política econômica para reverter as desigualdades sociais no Brasil, afirmou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Ele listou os instrumentos que considera compatíveis com esses objetivos, começando por mencionar o orçamento participativo, que possibilita a pessoas de todos os segmentos sociais participar mais intensamente das decisões acerca da aplicação dos recursos públicos.
Suplicy também defendeu a realização da reforma agrária, mediante medidas que possibilitem a desapropriação de áreas improdutivas e promovam o assentamento de um maior número de famílias dispostas a cultivar a terra, com o devido apoio e assistência técnica e creditícia.
O senador destacou, ainda, o apoio às formas cooperativas de produção nas áreas rurais e urbanas e nos mais diversos setores de atividade, assim como a promoção da democratização das relações de produção entre empresários e trabalhadores.
A expansão do micro-crédito, por meio de instituições como "bancos do povo" é outro instrumento de política econômica capaz de ajudar a reverter as desigualdades sociais, segundo o senador. Ele também relacionou os programas de capacitação para pessoas com dificuldade de encontrar trabalho, citando como exemplo os programas de Primeiro Emprego ou Bolsa Trabalho; a universalização da educação e a eficácia dos serviços de saúde.
Suplicy voltou a defender seu projeto para um Programa de Garantia de Renda Mínima (PGRM), que tem como objetivo garantir a todos o direito de participar da riqueza da nação e de receber uma renda suficiente para atender as suas necessidades fundamentais.
- Assim, chegaremos em breve à possibilidade de todas as pessoas, não importa a origem, raça, sexo, idade, condição civil ou sócio-econômica, estarem recebendo uma renda básica incondicional, suficiente para atender as suas necessidades vitais. Será um direito sem qualquer exigência que não seja a existência e a moradia da pessoa no país.

21/08/2000

Agência Senado


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