Suplicy não entende por que fato tão grave não resultou em repreensões



Referindo-se ao apego do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) à figura de Rui Barbosa, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) indagou ao ex-presidente do Senado por que, tendo conhecimento de fato tão grave como a violação do painel de votações, não advertiu de pronto o senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) e a ex-diretora do Prodasen, Regina Borges.

Suplicy também quis saber por que o então presidente do Senado não convocou imediatamente os líderes partidários para comunicar fato tão grave e discutir o que fazer. Nessa situação, Suplicy entende que seria dever do presidente da instituição transmitir, inclusive à opinião pública, a informação de que o painel de votações fora violado.

O senador também afirmou que deveriam ter sido tomadas providências para saber se algum voto fora alterado, porque isso poderia implicar a necessidade de anular a votação. Na análise de Suplicy, se os fatos que hoje vieram a público não servem para anular aquela sessão, da mesma forma poderiam ter sido divulgados à época.

É por isso que ele entende não ter consistência o argumento de Antonio Carlos Magalhães de que, em junho do ano passado, não tomou as devidas providências por amor ao Brasil. Suplicy leu o artigo 55 da Constituição, segundo o qual perderá o mandato o deputado ou senador cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar.

Depois de afirmar ser Rui Barbosa o maior dos baianos, Antonio Carlos disse que Suplicy tem muito a aprender, no campo do Direito, da política e da economia, com o cultuado jurista. E disse que Rui Barbosa também foi injustamente acusado por seus adversários, inclusive de ter recorrido a procedimentos desonestos.

03/05/2001

Agência Senado


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