Suplicy não revelará nome de testemunha de esquema no BC



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) voltou a afirmar em Plenário, nesta terça-feira (dia 19), que não revelará o nome de testemunha do esquema de vazamento de informações privilegiadas no Banco Central, durante a crise da Rússia, em 1999. Suplicy alegou que está resguardado legalmente da obrigação de revelar o nome da testemunha, que estaria com a integridade ameaçada.

Suplicy registrou o recebimento de carta do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, solicitando a revelação do nome da testemunha do esquema no BC, que beneficiaria diversas instituições financeiras, incluindo os bancos Marka, de Salvatore Cacciola, e FonteCindam. De acordo com a revista Veja, o então presidente do BC, Francisco Lopes, vendia informações sobre o câmbio a ser adotado pela instituição.

O senador mencionara há duas semanas a existência de uma pessoa que teria pleno conhecimento do esquema. Ainda segundo Suplicy, Brindeiro insistiu que ele revelasse o nome da testemunha, lembrando que o Código de Processo Penal a obrigaria a depor. Em sua carta, Brindeiro também apontou para o programa de proteção à testemunha.

Em resposta, Eduardo Suplicy salientou que deputados e senadores, por lei, estão desobrigados de testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato. Ele estaria desobrigado também de prestar esclarecimentos sobre as pessoas que lhe confiaram informações. De acordo com o senador, a testemunha do esquema do BC não teria sido partícipe em nenhum ilícito e corre grandes riscos pessoais, inclusive em sua vida profissional.

19/06/2001

Agência Senado


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