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- Nós vemos no Brasil judeus e árabes interagindo, convivendo, trabalhando juntos, cooperando em várias áreas, inclusive nas universidades. Nós, brasileiros, temos condições de propor soluções como mediadores para os conflitos do Oriente Médio - disse Suplicy.

Em aparte, Arthur Virgílio observou que as duas culturas vivem uma "querela milenar" no Oriente Médio e que seria preciso voltar àqueles tempos em que o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, colocou as lideranças de judeus e árabes frente à frente para negociarem a paz na região.

- Eu vejo as razões de cada um. Além do lixo do terrorismo como o grupo Al Quaeda, o Hezbollah atacou Israel depois de aquele país demonstrar boa vontade e agora a resposta está sendo exagerada. Então, esse é papel para a política externa brasileira, se colocar como um país mediador. Sinto a paz mundial ameaçada, tanto pela questão do Oriente Médio como pela Coréia. A Síria também me preocupa muito. Urge que países comprometidos com a paz façam essa mediação - disse Virgílio, que condenou todas as formas de terrorismo.

Suplicy indagou quanto custará toda a guerra no Oriente Médio e disse que seria muito mais negócio, além de poupar vidas, tentar a via da negociação política. Disse ter muitos amigos judeus, palestinos e libaneses que o têm procurado e feito apelo para que tente, junto ao governo brasileiro, acabar com essa situação de destruição e morte no Oriente Médio.

- Será que os governos não são capazes de procurar instar e chegar a um entendimento? - indagou Suplicy.

O senador também falou sobre a violência urbana em São Paulo, dizendo que é importante a prefeitura, o governo estadual e o governo federal tomarem medidas para evitar novos episódios de seqüestros, mortes e queimas de ônibus promovidos pelo PCC e outros grupos criminosos.

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