Suplicy pede reflexão nos 11 anos da morte dos sem-terra em Eldorado do Carajás



 O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lançou uma reflexão ao Plenário nesta terça-feira (17), dia em que o assassinato de 19 trabalhadores rurais sem-terra, e a mutilação de outras 69 pessoas, em Eldorado do Carajás, no Pará, completou 11 anos. A análise do senador sobre o episódio partiu do artigo "Uma justiça de classe", dos advogados Plínio de Arruda Sampaio, Fábio Konder Comparato e José Afonso da Silva, publicado nesta data pelo jornal Folha de S. Paulo.

Suplicy leu integralmente o artigo, um misto de lamento e protesto pelo fato de a justiça não ter produzido, até hoje, uma sentença definitiva sobre o caso. Apesar de dois - o comandante e o subcomandante do "massacre de Eldorado do Carajás" - dos 144 réus terem sido condenados pelo Tribunal do Júri a 228 e 154 anos de reclusão, respectivamente, os autores do artigo afirmam que "o processo criminal perambula pelos tribunais do país e os condenados continuam livres".

Na ocasião, Suplicy também registrou sua solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), observando que a entidade costuma obter apoio junto à opinião pública quando abraça ações criativas, e não violentas, em prol da reforma agrária. Segundo adiantou, 140 mil trabalhadores rurais aguardam assentamento em áreas desapropriadas no país.



17/04/2007

Agência Senado


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