SUPLICY QUESTIONA PRIORIDADE DO GOVERNO NO COMBATE À POBREZA



O volume de recursos destinados para o Programa de Renda Mínima, em comparação com o dinheiro reservado este ano ao pagamento de juros reais, serviu de base para o questionamento feito pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) nesta quarta-feira (dia 20) sobre o grau de prioridade que o governo está dando à erradicação da pobreza.
Segundo o senador, enquanto o governo destinou uma quantia superior a R$ 70 bilhões para o pagamento dos juros, o valor dos convênios já assinados com a União, na forma da Lei 9.533, que autoriza o governo federal a financiar em 50% os gastos dos municípios que implatarem o Programa de Renda Mínima, foi da ordem de R$ 30,6 milhões, sendo que deste total apenas R$ 15 milhões foram repassados aos municípios.
Suplicy afirmou que esses recursos, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicados pela Folha de S. Paulo, puderam favorecer apenas 3% de um total de 10,3 milhões de famílias brasileiras que potencialmente seriam beneficiárias do Projeto de Renda Mínima.
O senador disse ter apresentado essas questões ao ministro Paulo Renato Souza, da Educação, em sua exposição na terça-feira (dia 19) na Comissão Mista pela Erradicação da Pobreza e adiantou que fará o mesmo na reunião da comissão nesta quinta-feira (dia 21), quando os senadores vão ouvir o ministro da Fazenda, Pedro Malan. O parlamentar observou que, passados mais de um ano e dez meses da sanção da lei, houve uma pequena aceleração de seu aplicação, mas ainda com muita morosidade, como atestam os dados citados.

20/10/1999

Agência Senado


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