Suplicy saúda aliança PT-PL. Alencar prevê nova era



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) saudou nesta quinta-feira (20) a aliança entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL), que vai garantir a chapa Luiz Inácio Lula da Silva/José Alencar para a disputa da Presidência da República. Suplicy elogiou o grande esforço de Lula e Alencar para sacramentar a aliança, que será formalizada pela convenção nacional do PL neste domingo (23), e pelo PT no dia 29.

Em aparte, o senador José Alencar (PL-MG) classificou a aliança como o mais importante momento da história republicana recente do Brasil, -uma aliança histórica entre dois partidos de ideologias diferentes-, mas que, segundo ele, deverão governar com o ideal de reconstrução do país, de respeito à coisa pública, de criação de oportunidades e de reversão do ciclo migratório:

- O Brasil era um país que recebia imigrantes, que vinham de seus países em busca do eldorado brasileiro, uma terra de oportunidades. Foi assim que boa parte da população brasileira se formou. Hoje a realidade é diferente, são os brasileiros que saem do país, abandonam a pátria, em busca de trabalho, de oportunidades que não conseguem aqui. É preciso reverter esse quadro - disse Alencar.

Suplicy, em seu discurso, e Alencar, em seu aparte, fizeram uma reconstituição de todo o esforço político dos últimos dias para a consolidação da aliança. Suplicy fez também um histórico da trajetória política de Lula, desde os tempos de jovem sindicalista, um dos mais importantes da História, quando revelou-se um negociador firme e habilidoso ainda no tempo da ditadura, quando chegou a ser preso. E citou José Alencar como um grande empresário com visão social, que emprega 16 mil pessoas. -Juntos, podem fazer a justiça social que este governo, o governo de Fernando Henrique, não fez-, disse o senador paulista.

José Alencar, em um aparte de cerca de meia hora, alertou seus colegas empresários - -eles, os meus colegas, têm que acordar-, disse. E, como exemplo de política econômica desastrosa do atual governo, citou o fato de que houve uma abertura aduaneira exagerada para o setor de autopeças, enquanto as montadoras foram mais protegidas. -E todos nós sabemos que a verdadeira indústria automobilística brasileira é a de autopeças, que foi praticamente destruída-, disse. Suplicy e Alencar mencionaram também o empobrecimento da população brasileira, a violência urbana e as desigualdades regionais.

Em aparte, o senador José Fogaça (PPS-RS) elogiou a coligação PT-PL, mas considerou que a chamada -verticalização- é -estapafúrdia- e que os dois partidos não conseguirão manter a aliança no Rio Grande do Sul, por exemplo. Os senadores do PT Roberto Saturnino (RJ) e Tião Viana (AC), também em apartes, elogiaram a aliança como um fato político histórico e que pode mudar o destino do Brasil.



20/06/2002

Agência Senado


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