Suposto acordo para salvar mandato de Renan recebe críticas da oposição



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) condenou nesta segunda-feira (19), em entrevista coletiva, a articulação de um acordo, por meio do qual o mandato do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), seria salvo em troca do apoio do PMDB à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O suposto acordo, objeto de várias matérias jornalísticas nos últimos dias, teria como outro principal parceiro o PT, que se encarregaria votar em peso no Plenário contra o projeto de resolução do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que estabelece a perda do mandato do senador.

- Além disso, há a suspeita de que, como parte desse acordo, teríamos como novo presidente do Senado um 'pau-mandado' do Palácio do Planalto - disse o parlamentar pedetista à saída da sessão plenária desta tarde, em referência à contra parte de Renan nas negociações: renunciar à Presidência às vésperas do julgamento.

Também ao deixar o Plenário, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse ter tomado conhecimento do acordo entre o PMDB e o PT. Conforme o parlamentar paranaense, se Renan não for absolvido o PMDB não aprovará a CPMF. A despeito disso, Alvaro Dias não concorda com o adiamento do julgamento do processo em que Renan é acusado de ter mantido uma sociedade secreta em meios de comunicação com o usineiro alagoano João Lyra.

- Precisamos encerrar esse caso o mais rápido possível e darmos uma satisfação à sociedade - aconselhou o senador do PSDB.

Governistas

Em entrevista coletiva, a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), disse que o único acordo que existe é o que foi feito com a oposição no sentido de agilizar todos os processos contra Renan. Sobre a possível renúncia do presidente, a líder do PT opinou que é uma decisão pessoal de Renan, já que se ele for absolvido terá o direito de retomar o cargo. Ela observou que o voto será secreto.

O senador Sibá Machado (PT-AC) foi outro a se pronunciar sobre o assunto. Disse não ter conhecimento do suposto acordo entre o PMDB e o PT para absolver Renan e garantir a prorrogação a CPMF.



19/11/2007

Agência Senado


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