Tarso atropela decisões do Orçamento Participativo para 2001
O PT constrói suas eleições defendendo que as ações do governo são decididas por intermédio da participação popular. Foi assim que Tarso Genro conquistou o seu segundo mandato. Independente disso, de forma contrária à propaganda petista, onde alardeia-se que tudo em Porto Alegre é construído pelo OP, o prefeito Tarso apresenta um pacote com 38 ações prioritárias, elaboradas pelos seus secretários e assessores, sem que a população tivesse sido consultada através do participativo. As medidas são necessárias, mesmo após 12 anos de administração petista na capital. Entretanto, explicitam de forma clara uma grande contradição, e nos remetem a algumas indagações que se fazem necessárias:
1 ) O prefeito Tarso concorda com as críticas feitas pela oposição, dando conta de que o OP tem sido utilizado com fins partidários e não representa o sentimento coletivo da cidade ?
2 ) As 38 metas anunciadas foram submetidas às assembléias do OP, e quando isso teria ocorrido ?
3 ) As decisões tomadas nas assembléias realizadas pelo OP em 2000, para serem executadas em 2001, serão cumpridas com a mesma agilidade prometida para as metas de Tarso ? E o dinheiro para as ações decididas pela população também está assegurado ?
4 ) De onde vai sair o dinheiro para as 38 medidas de Tarso, se o Orçamento 2001 foi decidido pela população através do OP ? Será que os recursos foram remanejados sem autorização da população ?
Como se pode ver, são muitas as contradições, e que talvez tenham decorrido da aceitação e reconhecimento das críticas e propostas apresentadas pela oposição na campanha eleitoral do ano passado, principalmente no que diz respeito à manipulação do Orçamento Participativo. A população não pode ser usada. Mais respeito à vontade popular.
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