Tarso Genro nega que Polícia Federal persiga oposição



O ministro da Justiça, Tarso Genro, negou, em audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, a existência de qualquer viés político na Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que investiga denúncias de crimes financeiros que teriam sido cometidos por diretores da construtora Camargo Correia.

Tarso Genro refutou a acusação de que a Polícia Federal atue como uma polícia política. A prova, observou, é que o total dos inquéritos com relação a políticos e a partidos políticos não chega a 2%.

Durante a audiência, o senador José Agripino (DEM-RN) questionou o ministro sobre suposto vazamento de informações do inquérito. O parlamentar é citado como suposto beneficiário de doações irregulares para campanha eleitoral.

Agripino lembrou que tão logo soube do vazamento das informações, apresentou documentos comprovando que as doações foram feitas legalmente e direcionadas ao respectivo diretório regional. Mas reconheceu que mesmo inocente, o episódio causou pesadas perdas para a sua imagem. Ele exigiu respostas sobre os responsáveis pela divulgação de detalhes das investigações.

Luiz Fernando Corrêa disse que as informações chegaram à público em decorrência da decisão da Justiça de divulgar o relatório da Polícia Federal. Dessa forma, alegou o diretor-geral da PF, os advogados das partes puderam ter acesso aos autos.

- A indignação do senador José Agripino também é nossa - resumiu.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) criticou a exposição pública de pessoas presas pela Polícia Federal. Tarso Genro concordou e condenou o que chamou de "prisões-espetáculos" por parte da PF.

Errata



29/04/2009

Agência Senado


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