Tarso nega existência de polícia política e vê síndrome do grampo
Respondendo ao senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o ministro da Justiça, Tarso Genro, negou que o Brasil tenha uma polícia política ou viva um Estado policialesco. Ele disse ao senador que as operações daPolícia Federal não têm esse viés e podem afetar políticos de todos os partidos, se as investigações a isso conduzirem. Admitiu, porém, em resposta a Flexa Ribeiro e ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que existe no Brasil, em especial entre as autoridades públicas, um receio constante de estar sendo gravado, ou "grampeado", clandestinamente.
- Até eu penso, quando estou falando alguma coisa de caráter privado, ao telefone, se estou sendo gravado. Existe mesmo essa síndrome do grampo. Sobre a questão da existência de uma polícia política, eu me interesso por esse debate, que deve ser feito, pois se há essa postura (de viés político) por parte de algum policial, nós temos que apurar e punir, se esse for o caso. Eu não fujo dessa discussão, mesmo porque eu tenho ojeriza a um Estado que não funcione dentro das regras de um Estado democrático de Direito - declarou Tarso.
Também o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, negou que a PF atue com direcionamento político.
- Nós não produzimos espionagem, produzimos prova. E não temos medo de controle, ao contrário, o controle legitima o trabalho da polícia e deixa claro quem opera dentro da lei e quem trabalha fora dela - observou o delegado.Mais informações a seguir
28/04/2009
Agência Senado
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