Tasso Jereissati avalia como “brutal” a ação da Polícia Federal









Tasso Jereissati avalia como “brutal” a ação da Polícia Federal
FORTALEZA – O governador Tasso Jereissati (PSDB) afirmou ontem que foi “uma brutalidade inadmissível” o que foi feito com a governadora Roseana Sarney (PFL) e que concorda com a posição dela de pressionar o PFL a deixar o Governo depois da invasão das suas empresas pela Polícia Federal. “A governadora Roseana está bastante aborrecida, revoltada e dou razão para essa sua revolta, porque foi um gesto de brutalidade. O que foi feito com ela é, a meu ver, inadmissível”, afirmou.

Tasso comparou o fato à devassa feita pela Receita Federal, em 1991, em sua empresa Refrescos Cearenses, fabricante da Coca-Cola no Nordeste, sob ordens do então presidente Fernando Collor. “Eu passei por isso e sei o que é. Depois foi verificado que não tinha nada e que foi simplesmente um ato de truculência policial, num momento político importante”, disse.

O governador telefonou para Roseana após a ação da Polícia Federal para se solidarizar. “Era até obrigação”, disse. Tasso isentou o presidente Fernando Henrique Cardoso de culpa no episódio e não responsabilizou diretamente ninguém. Porém, segundo políticos próximos ao governador, ele está irritado com a possível participação do ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira. Os dois não se falam desde o ano passado, quando chegaram a trocar insultos em uma discussão sobre o apoio do Planalto à candidatura do então ministro José Serra. Tasso ainda pleiteava uma candidatura.

Apesar de concordar com a revolta da governadora do Maranhão, Tasso afirmou que deve continuar existindo espaço para PSDB e PFL conversarem para tentar manter a aliança, não só na questão eleitoral, mas para a governabilidade.


PFL faz um rompimento negociado
Atendendo ao ultimato da governadora Roseana Sarney, o PFL deixa o Governo FHC. No entanto, na nota em que confirma o rompimento não fala em entrega de cargos

BRASÍLIA – Num rompimento negociado com o presidente Fernando Henrique Cardoso, o PFL anunciou ontem, oficialmente, que não pertence mais à aliança que está no poder. O partido atendeu ao ultimato da governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Na nota de três páginas que formaliza o rompimento, porém, o partido não faz referência à entrega dos cargos que tem na administração federal e critica a operação da Polícia Federal na empresa de Roseana e seu marido, Jorge Murad.

A saída do poder será parcial, pelo menos por enquanto. Apenas os três ministros e alguns subordinados imediatos entregaram os cargos após o anúncio de afastamento decidido pela Executiva do PFL. Em meio ao desembarque, as investigações da polícia e da Justiça agravaram as denúncias contra a empresa de Roseana e Murad.

Com dois gestos políticos, PFL, PSDB e Planalto mostraram que o clima não é de grande hostilidade: depois de conversar com FHC, o tucano Aécio Neves, presidente da Câmara, fez uma visita a Roseana, e o ministro da Fazenda, Pedro Malan, anunciou a permanência do presidente da Caixa Econômica Federal, Emílio Carazzai, e do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, apoiados por pefelistas.

“Não estamos declarando guerra, mas mostrando a nossa independência”, declarou Jorge Bornhausen, presidente do PFL. “É um desembarque harmonioso e civilizado. Não somos inimigos, apenas escolhemos um caminho próprio. O PFL continuará servindo ao País”, emendou Roberto Brant, que entregou o cargo de ministro da Previdência.

NOTA – Na nota do rompimento, o PFL evita ataques ao presidente, mas faz um histórico da relação com o Governo, lembrando que foi “o primeiro partido a apoiar sua candidatura à Presidência em 1994, antes mesmo do PSDB”. Ressalta a “importância do partido na condução das reformas feitas nos últimos sete anos”. Apresenta como justificativa para o rompimento o fato de que a candidatura de Roseana “nunca mereceu tratamento de aliado”. Diz que ela foi “vítima de violência’, referindo-se à ação policial na sua empresa no Maranhão e acusa o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, de ter sido “omisso” no episódio.

Em clima de convenção, a reunião do PFL consolidou a candidatura de Roseana, que exigiu essa unidade em torno de seu nome. A governadora disse que “não teme ameaças, nem novas investigações sobre ela ou qualquer pessoa da família”: “O PFL pode confiar: sou uma mulher séria, atuante, uma mulher de luta, e nada tenho a esconder. Não me intimido, trocando o medo pela covardia da tranqüilidade e do conforto”.


Liberais deixam Governo, mas não admitem virar oposição
BRASÍLIA – O presidente Fernando Henrique Cardoso perdeu formalmente o controle da maioria política no Congresso Nacional com a saída do PFL da coalizão governamental montada por ele no seu primeiro mandato, a partir de 1995. Mas isso não significa que ele tenha, de fato, perdido o controle político do processo decisório-parlamentar. Os liberais saíram do Governo, mas não se demitiram do poder para virar oposição. O que está dito na nota oficial de rompimento do partido não é retórica: o PFL continuará assegurando a FHC o apoio dos 104 votos que controla na Câmara e dos 21 que tem no Senado.


“Só em uma hipótese o PFL irá para a oposição: se Lula e o PT um dia ganharem as eleições e se instalarem no Palácio do Planalto”, costuma dizer o agora ex-ministro das Minas e Energia e vice-presidente nacional do PFL, José Jorge. “Em qualquer outro caso, se o candidato for a dona Mariazinha, o PFL o apoiará contra Lula”, completava ele, dando curso à percepção de que os políticos do Partido da Frente Liberal têm a vocação do poder e admitem perdê-lo somente em circunstâncias muito especiais. A situação que teve seu desfecho ontem foi um desses momentos-limite.

O PFL deixou o Governo para tentar continuar no poder. A eventual vitória de Luiz Inácio Lula da Silva sempre esteve nos cálculos do partido. E desde o ano passado, quando perdeu posições de poder no Congresso para uma articulação que teve o pré-candidato do PSDB, José Serra, como um dos seus mentores, a hipótese de ficar fora do poder também passou a compor esses cálculos.

Essa foi a origem da candidatura Roseana Sarney, um balão de ensaio que subiu e deixou de ser um balão para se tornar uma carta forte no jogo da sucessão. Para o PFL, o que se pôs em andamento com o episódio de São Luís foi uma tentativa de excluir o partido do poder num Governo de ex-parceiros, dos quais pensava ser credor de numerosos favores políticos.


Maciel evita se manifestar durante a reunião
BRASÍLIA - O vice-presidente da República, Marco Maciel (PFL), entrou mudo e saiu calado da reunião da executiva do PFL, ontem, em Brasília. Aplaudiu comedidamente a nota em que seu partido anunciou o rompimento com o Governo. Eleito na chapa do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Maciel tem mandato a cumprir e ficará no cargo. Mais ainda, dizem correligionários, tem papel importante a exercer no sentido de evitar ameaças à governabilidade.

Aos 61 anos, advogado, professor titular de Direito Internacional Público da Universidade Católica de Pernambuco, político desde os 18 anos, Maciel é um pefelista histórico. Nunca se distanciou dos partidos de centro ou centro-direita. Define-se como liberal. Na semana em que a crise entre o PFL e o PSDB aprofundou-se, atuou intensamente. Da maneira que sabe e gosta: nos bastidores, com absoluta discrição.

Maciel não queria o rompimento. Trabalhou no sentido contrário, na tentativa de contornar a crise estabelecida desde a última sexta-feira, quando a Polícia Federal invadiu o escritório de Jorge Murad, marido da governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Mas o vice sabe ser pragmático. Ao PF L não restou outra saída, convenceu-se. Se não rompesse, o partido ficaria em situação delicada diante dos eleitores. Roseana Sarney, com quem Maciel falou longamente, tem 26% de preferência entre os eleitores e hoje, acredita o vice, é maior que o PFL. Por mais que perca com os últimos episódios, a tendência é a de que Roseana puxe votos para o partido. Ajudará mais do que atrapalhará.

Candidato ao Senado por Pernambuco, Marco Maciel poderá permanecer no cargo até a posse do novo presidente da República, em 1º de janeiro de 2003. Mas, a partir de abril, não poderá substituir FHC. A legislação permite que Maciel seja candidato sem se desincompatibilizar do cargo de vice-presidente. Mas não permite que, sendo candidato, assuma a Presidência, o que o tornaria inelegível. Assim, se FHC viajar para o exterior, Maciel também terá que se ausentar do País, e o Planalto fica aos cuidados do presidente do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, o quarto na linha sucessória. Os presidentes do Senado, Ramez Tebet, e da Câmara, Aécio Neves, também estarão impedidos de assumir porque disputarão as eleições de outubro.

Preocupado com os atritos entre PFL e PSDB, Marco Maciel insiste na coligação partidária. “Se é importante para ganhar eleição, é fundamental para governar”, afirma, e ressalva: “A democracia está sólida, somos o maior colégio eleitoral do mundo ocidental, a estabilidade é um fato, mas isso não é suficiente para garantir a governabilidade.”


Ministros pefelistas entregam cargos e cartas de despedida
BRASÍLIA - Os três ministros pefelistas – Roberto Brant (Previdência Social), José Jorge (Minas e Energia) e Carlos Melles (Esportes) – cumpriram o prometido, apresentando suas demissões depois de o partido formalizar o rompimento com o Governo. Eles deveriam sair apenas no começo de abril, quando estava prevista a reforma ministerial, mas apoiaram a decisão do PFL, embora lamentando.

Ontem à noite, FHC se encontrou com Brant, Melles e José Jorge, que entregaram seus cargos e cartas de despedida. Os três deixaram claro que estavam cumprindo uma decisão de partido. Brant disse que foi “um grande orgulho ter participado por um tempo da equipe de Fernando Henrique”, na carta mais direta e seca. Já Melles e José Jorge não pouparam elogios ao presidente. Melles chegou a chamar FHC de “mestre”.

Mas foi José Jorge quem mais lamentou sua saída do ministério. “O PFL é o partido ao qual pertenço, e a cujas decisões devo curvar-me. Não abandono a luta, que é de todos nós, em favor de um Brasil mais forte, justo e feliz”, disse.

Também ontem, o deputado federal Heráclito Fortes (PFL-PI) foi substituído na liderança do Governo no Congresso pelo deputado Ricardo Barros (PPB-PR).

O porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, disse que o restante da reforma ministerial acontecerá até o dia 5 de abril, fim do prazo para a desincompatibilização dos ministros que serão candidatos nas eleições este ano. Segundo o porta-voz, Fernando Henrique assegurou que agirá com equilíbrio na escolha definitiva dos novos ministros. “Quanto à reforma ministerial em caráter mais amplo, o presidente sublinha que agirá com o equilíbrio que sempre pautou sua atuação”, disse Parola.


Roseana diz esperar ataques, mas evita criticar Serra e FHC
BRASÍLIA - A candidata do PFL à Presidência, Roseana Sarney, disse ontem que espera novos ataques do PSDB e de seu adversário na campanha, senador José Serra. Medindo as palavras ao falar sobre as suspeitas de irregularidades envolvendo sua empresa, ela disse que não há crime no fato de cerca de R$ 1,3 milhão estarem guardados no caixa-forte da firma. “A empresa vai explicar ao órgão competente, mas não é proibido ter dinheiro em caixa.”

Cautelosa, Roseana evitou criticar Serra e o presidente Fernando Henrique Cardoso. E não quis descartar uma eventual aliança com o PSDB no segundo turno. Essa avaliação terá de ser feita a longo prazo. Nas reuniões com a bancada federal do PFL, ela chegou a dizer que não aceitaria alianças com os tucanos no segundo turno.

Roseana pediu respeito do Governo, mas esquivou-se de qualificar Serra como um integrante da chamada “banda irada” do PSDB, expressão usada por ela no domingo. “Não vou tratar disso”, disse. No fim de semana, no entanto, ela afirmou que parte do PSDB havia armado a operação comandada pela PF em sua empresa para destruir sua candidatura à Presidência.


FHC se diz desapontado com a decisão do PFL
Presidente envia carta ao presidente do PFL, Jorge Bornhausen, na qual critica a posição do partido de abandonar a base aliada. FHC voltou a negar sua participação no episódio da invasão do escritório de Roseana Sarney

BRASÍLIA – O presidente Fernando Henrique Cardoso entregou ontem uma carta ao presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), criticando a decisão do partido de abandonar a base de sustentação política do Governo Federal. Na carta, Fernando Henrique diz que “está despontado” com a saída dos pefelistas.

“Esperava que diante de tantas demonstrações de confiança recíproca o PFL tivesse sido capaz de encontrar melhor solução para nossos partidos, para o Governo e para o Brasil. Disso deriva meu desapontamento”, disse Fernando Henrique em sua carta.

O presidente também reiterou que o episódio, “desafortunado”, que envolveu a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, “decorreu exclusivamente de decisão da Justiça, motivada por ações do Ministério Público”. “A participação da Polícia Federal deu-se no âmbito de suas atribuições constitucionais, como polícia judiciária que é”, afirmou.

Fernando Henrique procura deixar claro que está citando o fato novamente porque “não admite o uso político-eleitoral de órgãos públicos”, e se revolta com o “vazamento de informações imprecisas, do qual o Governo tem sido vítima”.

“O Governo não admite esse tipo de procedimento e todas as providências já foram tomadas para apurar eventuais responsabilidades”, completou Fernando Henrique.

O presidente também diz estar certo de que “jamais passaria pela consciência de Jorge Bornhausen (SC) – presidente do PFL – ou pelas de seus correligionários que o Governo pudesse prejudicar diligências policiais, informando-as de antemão a eventuais destinatários delas”. FHC acrescenta que, por norma, o presidente da República “não é informado desse tipo de procedimento”.

Por fim, Fernando Henrique insistiu em afirmar que lhe parece “um equívoco” dar conotação política a uma investigação policial e judiciária que, espera, “fará justiça à governadora Roseana Sarney”.

No entanto, antes de divulgar a carta, FHC conversou com aliados e afirmou que não fará uma “caça à bruxas”, numa referência ao PFL. Preocupado em manter a governabilidade, o presidente comunicou a ministros e líderes governistas com quem conversou que sua intenção “é aguardar até a próxima semana”.

O apoio do PFL será posto à prova na terça-feira, quando está marcada a votação em segundo turno da emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Não vi no presidente a menor intenção de retaliações”, contou o presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves (PSDB-MG), depois de falar com FHC. “Não existe inimizade nem ódios”, completou o líder do PSDB no Senado, Geraldo Melo (RN).


Cargos vagos começam a ser preenchidos
RIO - O Governo agiu rápido e começou a definir os nomes para ocupar os principais cargos entregues ontem pelo PFL. O ministro da Casa Civil e presidente da Comissão de Gestão da Crise de Energia, Pedro Parente, vai acumular, interinamente, o Ministério de Minas e Energia. A Previdência será ocupada, também interinamente, pelo secretário-executivo do ministério, José Cechin. O presidente da Embratur, Caio de Carvalho, ficará responsável pelo Ministério do Esporte e Turismo.


O rompimento com o Governo custará não apenas os três ministérios indicados pelo PFL, mas também a hegemonia do partido sobre o setor elétrico brasileiro. O domínio nessa área teve início nos anos 70, quando o ex-senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) presidiu a Eletrobrás.

Os cargos mais importantes no setor elétrico, ocupados pelo PFL, começaram ontem a ser colocados à disposição. O primeiro foi o próprio ministro de Minas e Energia, José Jorge. Ele assumiu em 13 de março do ano passado, substituindo Rodolpho Tourinho, que ocupou a pasta por indicação de ACM.

O presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, entregará hoje a carta de demissão. O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Luis Carlos Santos, não foi localizado para informar se deixará o cargo. Mas o mercado aposta em sua permanência, por ser uma indicação pessoal de FHC. O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Gonzaga Perazzo, também deve sair. O presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz, apesar de técnico do setor elétrico, deverá colocar o cargo à disposição, já que é maranhense e ligado à família Sarney.


Colunistas

PINGA FOGO - Inaldo Sampaio

Meia oposição
Da mesma forma que o mundo não se acabou depois que ACM rompeu com o presidente da República e ficou sem os dois ministros baianos que havia indicado - Rodolpho Tourinho e Waldeck Ornellas -, não será desta vez que se acabará porque os quatro ministros do PFL saíram do governo em solidariedade a Roseana Sarney e ao seu marido, Jorge Murad, ambos sob suspeita de envolvimento no desvio de recursos da extinta Sudam.

Com seu temperamento conciliador, é pouco provável que o presidente Fernando Henrique exonere também os ocupantes dos cargos de segundo escalão, malgrado a recomendação de Jorge Bornhausen para que eles se afastem do governo. São pessoas indicadas pelos deputados federais, dos quais o governo continuará precisando (o PFL tem 17 senadores e 98 deputados federais) para aprovar projetos do seu interesse no Congresso Nacional.

Portanto, ainda não chegou a hora de o PFL ser considerado de “oposição”. Vai mergulhar na mesma ambiguidade em que ora se acha o PMDB: meio governo e meia oposição. Como o governo de FHC está prestes a terminar, decidiu apostar suas fichas num projeto que pode dar muito certo ou muito errado: Roseana Murad.

Cenários futuros
Sem saber de que lado Jarbas ficará - se com Roseana Sarney (PFL) ou se com o ex-ministro José Serra (PSDB) por conta do rompimento do PFL com FHC - Sérgio Guerra reunirá neste sábado os principais líderes políticos do PSDB pernambucano. Ele quer analisar com os seus companheiros os desdobramentos que poderão haver em Pernambuco com a ida do PFL para a “oposição” e a possibilidade de Jarbas Vasconcelos não mais ser candidato à reeleição.

Alheio ao mundo
Queiroz (PDT) criticou duramente o TSE por ter obrigado os partidos políticos a “verticalizarem” as suas alianças. Esqueceu-se de que um dos defensores desta tese é o presidente de honra do seu partido, Leonel Brizola, e que o autor da consulta ao Tribunal foi o deputado federal Miro Teixeira, da bancada pedetista do Rio de Janeiro.

Troca de votos
O deputado federal Carlos Barata (PSDB) fez um acerto político com o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Timbaúba, Gilson Muniz (PSL), que será vantajoso para ambas as partes. Apoiará Gilson em municípios do agreste e será apoiado por ele em Timbaúba. Irá medir forças com Inocêncio (PFL), que é o candidato do prefeito Galvãozinho (PMDB).

Deputados da base de Jarbas criticam Serra
Deputados da base de Jarbas já começaram a fazer críticas ao ex-ministro José Serra. Ele foi atacado ontem, na Assembléia Legislativa, por José Marcos (PFL) e Augustinho Rufino (PSDC). E defendido por Antonio Moraes (PSDB).

Vice-presidente está dividido entre FHC e PFL
Como será candidato a senador nas próximas eleições, Marco Maciel só poderá substituir FHC até o dia 6 de abril. Foi essa a explicação que ele deu ontem para manter-se fiel, ao mesmo tempo, ao PFL e ao presidente.

Primeiro mundo
A eficiência do capitalismo norte-americano deixou embascado ontem em Boston o advogado petista Maurício Rands, secretário de assuntos jurídicos de João Paulo. O que mais chamou sua atenção foi o orçamento da cidade para 2002: US$ 3 bilhões (10 vezes maior que o que Recife). E tem apenas 700 mil habitantes.

Faltou maturidade
O rompimento do PFL com FHC não teve o apoio de Tony Gel. Segundo o prefeito de Caruaru, “houve precipitação” dos líderes nacionais do seu partido “porque não ficou provado” o envolvimento de FHC na devassa feita pela Polícia Federal na empresa de propriedade da governadora Roseana Sarney/Jorge Murad.

Pernambuco é um Estado machista, a julgar pelo número de deputadas que elegeu de 1947 para cá: 9. São elas: Adalgisa Cavalcanti, Maria Elisa Viegas, Aracy de Souza, Leila Abreu, Lúcia Heráclio, Rosa Barros, Teresa Duere, Luciana Santos e Malba Lucena. O livro com a história dessas mulheres será lançado hoje às 18h na Assembléia Legislativa.

O ex-deputado Nílson Gibson (PSB), que está em campanha para a Câmara Federal, fechou uma aliança ontem em Belo Jardim com os cinco vereadores que fazem oposição ao prefeito João Mendonça (PFL). Já o ex-deputado Cintra Galvão (PTB) poderá apoiar João Lyra Neto (PT) para a Câmara Federal.

Pelas novas regras do TSE, o prefeito de Jaboatão, Fernando Rodovalho (PSC), terá que apoiar o candidato de Arraes para o governo estadual porque o presidente nacional do seu partido, Victor Nósseis, fechou com Garotinho (PSB). Caso contrário, a 1ª dama Ana Rodovalho, que é candidata a deputada, não terá espaço no guia eleitoral.

Do publicitário e candidato a deputado, Ricardo Costa (PSD), sobre o programa do PSDB que foi ao ar anteontem à noite em cadeia nacional de rádio e televisão: “Nunca imaginei que o 1º tiro de Serra fosse tão competente. Foi uma superprodução de marketing político e de propaganda eleitoral”.


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03/08/2002


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