Távola enfatiza gastos sociais do governo FHC



O líder do governo no Senado, Artur da Távola (PSDB-RJ), rebateu nesta segunda-feira (17) críticas de que o governo Fernando Henrique Cardoso gasta pouco na área social. "São R$ 138 bilhões anuais de recursos provenientes do orçamento, cerca de 21% do PIB, muito mais do que qualquer outro governo anterior gastou no Brasil", garantiu.

Távola reconheceu que a concentração de renda ainda é muito grande e afirmou que o percentual de excluídos é "inaceitável". Mas disse que, nos dois mandatos de Fernando Henrique, o número de pobres no Brasil diminuiu de 42% da população para 21%, redução segundo ele decorrente de programas como os de Bolsa-Alimentação, Bolsa-Escola, Auxílio-gás, programa de aposentadorias a idosos carentes e programa de erradicação do trabalho infantil, entre outros.

Esses programas não são mero assistencialismo feito com dinheiro público, enfatizou o senador, dizendo que eles promovem distribuição de renda e resgata da cidadania às camadas mais carentes da população. Ele reafirmou o compromisso da candidatura de José Serra com a continuação desses programas sociais.

O senador citou dados e números desses programas para dizer que representam uma rede de proteção social aos carentes. Ele referiu-se também aos esforços do governo nas áreas de educação e saúde e afirmou que, depois do combate à inflação, que assegurou maior poder de compra a uma parcela significativa da população, o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso pode se orgulhar de estar patrocinando grandes resultados na redução do número de excluídos que, no Brasil, "datam do tempo da abolição da escravidão".

Educação

Em relação à educação, Távola enfatizou a importância do ensino fundamental estar atingindo 97% das crianças entre 7 e 14 anos. "Poucos se lembram que, em 1960, esta percentagem era de 60% das crianças, das quais apenas 13% chegavam ao ensino de 2º grau. Hoje são 66% dos alunos matriculados no ensino fundamental que ingressam no ensino médio", garantiu. Segundo Távola, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) irá distribuir, em 2002, cerca de R$ 20 bilhões, montante igual à arrecadação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "São R$ 315 gastos em média por cada criança na escola", disse.

Ao finalizar, Távola enfatizou o alcance social de programas como a merenda escolar - 37 milhões de crianças atendidas diariamente -, a distribuição de 110 milhões de livros didáticos gratuitos por ano, além da adoção de novas tecnologias e da informática na escola, para melhorar o nível educacional de alunos e professores. "O governo está fazendo uma verdadeira revolução no campo educacional brasileiro", avaliou o senador.



17/06/2002

Agência Senado


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