Távola faz apelo por acordo em votação do orçamento



Nesta quarta-feira (26), o senador Artur da Távola (PSDB-RJ) fez apelo para que a parte da oposição que está obstruindo a votação do orçamento da União de 2002 faça acordo com o governo para que a peça seja votada. Távola afirmou que "o drama do ano está sendo uma minoria impedir que a Nação tenha um orçamento em tempo hábil, obrigando o Congresso Nacional a um trabalho desnecessário".

O senador lembrou que caso não haja acordo, todo o processo "ciclópico" de votação enfrentado na Comissão de Orçamento pode ser reproduzido em plenário, com apresentação de novas emendas. Távola pediu que, em um momento de crise internacional, não se leve para o mundo a idéia que o país não viva um momento "razoável", uma vez que o impasse na votação orçamentária já está sendo noticiado na imprensa internacional. Para Távola, a obstrução por parte da oposição é típica de um ano pré-eleitoral.

Em aparte, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) afirmou que a maioria da população desconhece a importância do orçamento da União e lembrou que as votações estão transcorrendo em ambiente carregado. Tuma e Távola destacaram que a peça orçamentária é tão complexa que, acredita, nenhum parlamentar a conheça por inteiro. O senador Geraldo Melo (PSDB-RN) defendeu uma reforma cabal do orçamento da União. Melo afirmou que o orçamento não é autorizativo, como muitos argumentam. "É uma lei como outra qualquer, precisa ser cumprido", disse. Defendeu que seja fixado um prazo para votação e, caso vencido, seja prorrogado o orçamento do ano anterior. Para Geraldo Melo, o atraso na votação está causando danos à imagem do Brasil e do Congresso.

26/12/2001

Agência Senado


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