Távola: governo é vítima de versões e insinuações
O líder do governo, senador Artur da Távola (PSDB-RJ), disse que as críticas (que classificou de "ataques") dos senadores Lauro Campos (PDT-DF) e Pedro Simon (PMDB-RS) ao governo são apenas insinuações e versões que formam um conjunto "verossimilhante", mas falso. Távola citou o escritor italiano Umberto Eco em seu livro Apocalípticos e Integrados e qualificou os pronunciamentos de Lauro Campos e de Simon como "apocalípticos".
- Ouvimos aqui meia hora de um implacável massacre baseado em versões não comprovadas, em insinuações, em meias verdades que formam uma estrutura verossimilhante, mas falsa. E o mais grave é que as insinuações ganham força, transmitem-se com enorme facilidade, e essa falsidade ganha peso de verdade devido à credibilidade e à importância dos dois senadores - disse o líder do governo.
Artur da Távola atribuiu os ataques ao crescimento dos índices de popularidade do presidente Fernando Henrique Cardoso e ao melhor conhecimento, por parte da população, da figura do senador José Serra (PSDB-SP), candidato à presidência da República.
O senador Artur da Távola disse que as críticas dos dois colegas não poderiam ficar sem resposta devido à violência dos ataques. O líder lembrou que a referência ao discurso da última quarta-feira do senador José Sarney (PMDB-AP) não se justificava, porque o ex-presidente da República não apresentou em seu pronunciamento nenhum fato concreto.
O senador Lauro Campos retomou a palavra para dizer que não apresentou "versões", mas números e índices do próprio governo sobre endividamento público.
- A situação da Argentina pode ser vista de forma muita concreta. A situação do Brasil é muito grave, e o tempo vai mostrar que estou certo - disse Lauro Campos.
22/03/2002
Agência Senado
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