Teatro mamulengo encanta crianças na Bienal do Livro
Desde sua abertura, em 15 de abril, centenas de pessoas já assistiram ao espetáculo de teatro mamulengo O Menino sem Nome, apresentado duas vezes por dia no estande do Senado na 18ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. A peça é escrita, produzida e interpretada por Josias Wanzeller, artista plástico e funcionário da Secretaria Especial de Editoração e Publicações (SEEP) do Senado.
Pela primeira vez, o estande do Senado reservou um espaço especialmente destinado às apresentações de Josias, que já vêm sendo feitas desde o ano passado. Um miniteatro de arena foi construído, mas é pequeno para a quantidade de crianças e adultos que se aglomeram nos corredores para ver a peça que dura, em geral, meia hora.
Os meninos acompanham as músicas com palmas, soltam gargalhadas quando o boneco simula soltar flatos (representados pelo talco que o artista joga do palco) e pulam para estourar as bolhas de sabão falsamente assopradas pelos bonecos. O texto conta a história de um menino que não tem nome nem vai à escola, apenas vende pirulitos na rua. Com seus amigos, ele ganha um nome (Severino), descobre os livros e, com eles, a importância de saber ler, estudar e freqüentar a escola. Ao final, o apresentador sai de trás da proteção que o esconde ("empanada") e se apresenta às crianças.
Há oito anos trabalhando com teatro mamulengo, Josias busca seus bonecos em Pernambuco, onde são produzidos artesanalmente por artistas populares como Bibio dos Bonecos e Mestre Saúba. Outros são de Brasília, feitos pelo artista Moisés Bento. Eles são batizados com nomes populares e engraçados, como Zé Queixada, Dona Josefina da Perna Fina e o Palhaço Fogueteiro. Os fantoches têm movimentos faciais, na boca e nos olhos, para atraírem ainda mais a atenção das crianças.
O site da Fundação Joaquim Nabuco na Internet informa que mamulengo é o "nome dado ao teatro de bonecos também conhecido como marionetes, fantoches ou títeres", sendo "um dos mais ricos espetáculos populares do Nordeste brasileiro". A apresentação é sempre "uma representação de dramas através de bonecos, em pequeno palco elevado coberto por uma empanada, atrás do qual ficam as pessoas que dão vida e voz aos personagens".Maiores informações: http://www.fundaj.gov.br/docs/pe/pe0015.html .
20/04/2004
Agência Senado
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