Teatro mamulengo encanta crianças na Bienal do Livro
Duas vezes ao dia, o estande do Senado Federal na IV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco fica cercado por centenas de crianças (e algumas dezenas de adultos) que se aglomeram para assistir ao espetáculo de teatro mamulengo O Menino sem Nome. A peça é escrita, produzida e interpretada por Josias Wanzeller, artista plástico e funcionário da Secretaria Especial de Editoração e Publicações (SEEP) do Senado.
Desde a última segunda-feira (5), Josias consegue entreter totalmente as crianças a cada exibição, que dura, em geral, meia hora. Os meninos acompanham as músicas com palmas, soltam gargalhadas quando o boneco simula soltar flatos (representados pelo talco que o artista joga do palco), pulam para estourar as bolhas de sabão pseudamente assopradas pelos bonecos. O texto conta a história de um menino que não tem nome nem vai à escola, apenas vende pirulitos na rua. Com seus amigos, ele ganha um nome (Severino), descobre o livro e, junto dele, a importância de saber ler, estudar e freqüentar a escola. Ao final, o apresentador sai de trás da proteção que o esconde ("empanada") e se apresenta às crianças.
Há sete anos trabalhando com teatro mamulengo, Josias busca seus bonecos em Pernambuco, onde são produzidos artesanalmente por artistas populares como Bibio dos Bonecos e Mestre Saúba. Outros são de Brasília, feitos pelo artista Moisés Bento. Eles são batizados com nomes populares e engraçados, como Zé Queixada, Dona Josefina da Perna Fina e o Palhaço Fogueteiro. Os fantoches têm movimentos faciais, na boca e nos olhos, para atraírem ainda mais a atenção das crianças. Josias fará duas apresentações diárias, até sexta-feira (10), às 10h30 e 15h30.
O site da Fundação Joaquim Nabuco na Internet informa que mamulengo é o "nome dado ao teatro de bonecos também conhecido como marionetes, fantoches ou títeres", sendo "um dos mais ricos espetáculos populares do Nordeste brasileiro". A apresentação é sempre "uma representação de dramas através de bonecos, em pequeno palco elevado coberto por uma empanada, atrás do qual ficam as pessoas que dão vida e voz aos personagens". De acordo com o site, "Pernambuco é o único estado onde se pode acompanhar com mais precisão a história do desenvolvimento do mamulengo no Brasil". Maiores informações: http://www.fundaj.gov.br/docs/pe/pe0015.html.
07/10/2003
Agência Senado
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