Tebet propõe que Senado adote o mesmo esquema da Câmara para oradores



Em questão de ordem formulada nesta quarta-feira (28), o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) protestou contra a forma pela qual a palavra é concedida aos oradores na primeira parte da sessão do Senado, chamada hora do expediente. O parlamentar, ex-presidente da Casa, observou que apenas dois dos oradores inscritos falaram antes do início da ordem do dia, mesmo com a prorrogação da hora do expediente.

- Sei o quanto é difícil dirigir a casa, principalmente no que concerne ao controle do tempo destinado aos oradores - reconheceu.

Para evitar alterações no Regimento do Senado, Tebet propôs a adoção do esquema em vigor na Câmara dos Deputados, em que o microfone é automaticamente desligado quando o tempo do orador é atingido. Em seguida o microfone é religado, por não mais do que um minuto, para o parlamentar concluir seu pronunciamento.

- Não será o presidente [da sessão] que irá desligar: o microfone será desligado automaticamente. Esta é a única maneira para não haver constrangimento nesta Casa. Consultei vários senadores e todos disseram que eu poderia propor isso - afirmou Tebet.

Na presidência da sessão, o senador Paulo Paim (PT-RS) considerou a proposta procedente e comprometeu-se a levá-la para a reunião da Mesa do Senado com os líderes partidários, marcada para a tarde desta quarta-feira. Paim esclareceu que, na hora do expediente, falaram apenas dois oradores porque sete lideranças partidárias usaram da palavra e outros três senadores fizeram comunicações inadiáveis.



28/01/2004

Agência Senado


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