Tebet: sociedade brasileira quer a posse do presidente no dia 6 de janeiro
O presidente do Senado, Ramez Tebet, disse nesta quinta-feira (14) que a sociedade brasileira quer que a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva seja realizada no dia 6 de janeiro próximo e não no dia 1º, como determina a Constituição. Para o senador, o Brasil, que deu uma lição de democracia a todo o mundo nas últimas eleições, pode tirar grande proveito no seu relacionamento com os outros países se conseguir realizar na posse do novo presidente uma festa democrática, marcada pelo comparecimento de importantes personalidades internacionais, coisa que não poderia acontecer no dia 1º de janeiro.
Segundo Tebet, é compreensível a posição assumida pelo presidente Fernando Henrique Cardoso de não querer prorrogar por seis dias o seu mandato. Entretanto, assinalou, o presidente será instado pelo Congresso a mudar de opinião e a fazer o que deseja toda a sociedade, transmitindo, ele mesmo, a faixa presidencial para o presidente Lula, no próximo dia 6, caso o Congresso consiga alterar a data na Constituição.
Na opinião do senador, realizar uma festa de posse no dia 6 será, para o Brasil, na verdade, -um investimento- no fortalecimento de suas relações com os outros países. Em coerência com esse entendimento, Tebet disse estar articulando-se, nas últimas horas, com o presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, com as lideranças dos partidos, inclusive do PT, e com autoridades para que a mudança constitucional possa ser feita e as providências tomadas.
Transferir a posse do presidente da República para o dia 6, segundo Tebet, -não é uma coisa do outro mundo e nem um casuísmo, porque vamos estar fazendo a vontade da sociedade brasileira e o atual presidente vai estar cumprindo a vontade do Congresso.-
Tão logo a proposta de emenda à Constituição alterando a data da posse seja aprovada na Câmara, o Senado vai empenhar-se ao máximo para garantir a mudança, simplificando o processo de votação e pulando interstícios, afirmou o senador. Um exemplo do recurso a esse procedimento em outra ocasião importante foi o da proposta que retirou a imunidade parlamentar em casos de crime comum, salientou Tebet.
14/11/2002
Agência Senado
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