Técnico da Azulprev diz que só o aumento de contribuição não salva IPE



O simples aumento da contribuição que o governo do Estado deve propor aos servidores não vai solucionar a situação do Instituto de Previdência do Estado. A afirmação foi feita pelo diretor-presidente da Fundação dos Economiários Federais, Edo Antônio Ferreira de Freitas, que coordenou a auditoria da Azulprev no Instituto até o começo do atual governo. Ele participou da reunião da Comissão Especial que trata da situação do IPE, presidida pelo deputado Otomar Vivan (PPB).

Para a Azulprev, o IPE deve passar por uma reestruturação técnica administrativa profunda e isso depende de vontade política. O relatório da Azulprev apontou 19 simulações que compartilham diversas alternativas de mudanças. Freitas alertou ainda que que o Estado tem pouco menos de oito meses para adotar medidas que visem garantir o funcionamento da instituição.

Segundo ele, medidas mesmo que antipáticas são urgentes, como cortes de benefícios e aumento das contribuições. Não é possível, conforme ele que filhas solteiras de pensionistas permaneceçam a receber os vencimentos até a morte. Além das distorções que devem ser corrigidas, a Azulprev propôs em seu relatório uma modelagem atuarial simulando 18 cenários. Incluiu nos exemplos, o escalonamento de contribuições, a taxa de reposição, a segmentação da massa por faixa e o plano misto.

Ferreira lembrou ainda que o IPE não pode mais continuar misturando dinheiro de saúde com previdenciária e que deve se adequar o mais rápido possível, sob pena de ficar sem receber recursos federais.

11/21/2001


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