Tião Viana: Amazônia não pode continuar como "depósito de empresas aéreas falidas"



O senador Tião Viana (PT-AC) afirmou que a Amazônia não pode continuar sendo "depósito de empresas aéreas falidas", ao cobrar do Comando Militar da Aeronáutica e do Departamento de Aviação Civil (DAC) uma fiscalização mais próxima das empresas que atuam na região amazônica. Ele considerou inaceitável um segundo acidente aéreo na Amazônia pouco mais de um ano após a morte de 23 pessoas em queda de um avião da mesma empresa.

- Agora, já são 56 mortes em pouco tempo. Quando a gente procura os órgãos de fiscalização, dizem que tudo está dentro das normas de segurança. Não é o que a gente ouve na região. Lá se fala em mais de uma pane com um mesmo avião em um mês - sustentou Tião Viana.

Ele criticou a divisão das rotas de vôo no Brasil, em que as empresas tradicionais ficam sempre com as melhores linhas, cabendo a pequenas e médias companhias os vôos de baixo retorno. O senador lamentou que a população da Amazônia quase sempre seja obrigada a recorrer a essas empresas, por causa das longas distâncias e da precariedade das estradas e da lentidão do transporte fluvial.

- A população amazônica vive à mercê dos vôos noturnos das empresas tradicionais, que todos sabem ser desfavorável do ponto de vista de segurança. Essas empresas agem como se fosse um grande favor atender as cidades da Amazônia - disse. Ele informou que o primeiro acidente da empresa Rico até hoje não foi esclarecido pelas autoridades aeronáuticas. "Parece que a nuvem que encobre o problema do seguro, do pagamento de indenização às famílias das vítimas, está sempre a favor da desinformação", protestou.



17/05/2004

Agência Senado


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