Tião Viana diz "não" à proposta de extinção do Senado



A proposta de extinção do Senado Federal, feita pelo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Ricardo Berzoini, no Congresso do partido ocorrido no último final de semana, foi repudiada nesta segunda-feira (3) pelo senador Tião Viana (PT-AC), 1º vice-presidente da Casa, que lembrou a missão primordial da instituição como garantidora da igualdade entre entes desiguais.

Viana disse que imaginar a extinção do Senado seria aceitar que algumas unidades da Federação possam naturalmente jogar todo o peso de seu poderio para o atendimento dos seus pleitos, como um rolo compressor, sobre as regiões mais carentes e indefesas. Para o senador, aceitar essa possibilidade é compactuar com o retrocesso, é admitir a perpetuação da desigualdade e submeter-se ao Estado unitário.

- Contra tudo isso, digo não! Preservar o Senado é defender a essência do que somos como nação, irmanados no projeto maior de construção da pátria com que sonhamos. Uma pátria que seja de todos e que possa contar com uma instituição respeitada, poderosa e legitimamente constituída - o Senado - , cuja vocação é a de promover o equilíbrio regional, condição primeira para o equilíbrio social. Este Senado é indispensável. Este Senado é insubstituível - afirmou.

O senador Marco Maciel (DEM-PE) disse, em aparte, que extinguir o Senado seria o mesmo que desvertebralizar toda a estrutura federativa. Citando um presidente norte-americano, Maciel assinalou que não foi a União que criou os estados, mas exatamente o contrário. O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse que não há perspectiva histórica na proposta de Berzoini. O senador Mário Couto (PSDB-PA) afirmou que o pronunciamento de Tião Viana trazia tranqüilidade por demonstrar que a proposta de Berzoini não é uma proposta do PT.

Em seus pronunciamentos, os senadores Mão Santa e Papaléo Paes também condenaram a proposta apresentada por Ricardo Berzoini.

Aborto

Ao final do seu discurso, Tião Viana, manifestou sua "absoluta reprovação" à proposta de legalização do aborto, aprovada no Congresso do PT. Reafirmando sua formação cristã, o senador defendeu a adoção de uma política de prevenção para acabar com a gravidez indesejada. Para ele, a questão do aborto precisa de um debate mais amadurecido.



03/09/2007

Agência Senado


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