TIÃO VIANA DIZ QUE MINISTÉRIO DA SAÚDE DEVE GARANTIR ADIÇÃO DE IODO AO SAL
O senador anunciou que apresentará requerimento de informações sobre o assunto ao Ministério da Saúde e sugeriu que o Conselho Federal de Medicina também requeira os devidos esclarecimentos às autoridades públicas. .
Tião Viana confessou-se surpreso com reportagem do jornal Correio Braziliense que divulgou os resultados de pesquisa realizada junto a 179 mil estudantes, distribuídos por 428 municípios brasileiros, entre os quais verificou-se que 59 mil estavam com deficiência comprovada de iodo. As conseqüências dessa carência são fatais ao organismo humano, enfatizou o senador, provocando retardamento mental e sofrimento cerebral, sendo que, em pessoas mais velhas, leva ao bócio endêmico. .
Quanto às empresas produtoras de sal, Tião Viana considerou que, no caso de falha das autoridades públicas, elas deveriam ter assumido a adição de iodo. A mesma pesquisa revelou, no entanto, que entre 54 empresas estudadas, 36 delas apresentaram irregularidades na adição de iodo, afirmou. .
As necessárias providências do Ministério da Saúde tornam-se ainda mais urgentes, na opinião de Tião Viana, ao se verificar que, no governo Fernando Henrique Cardoso, no período entre 1985 e 1998, registrou-se que 9,82% do sal consumido não continha iodo, prejudicando principalmente a população dos estados do Amapá, Acre e Tocantins. Nos governos Fernando Collor e Itamar Franco, entre 1990 e 1994, aquele índice era de 2,63%, e de 0,24% entre 1985 e 1988, no governo José Sarney, completou.
26/10/1999
Agência Senado
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