Tião Viana diz que o Senado recuperará sua imagem junto à opinião pública
"Penso que somos os grandes responsáveis pela nossa recuperação e faremos isso". Com essas palavras, o presidente interino do Senado, Tião Viana, analisou nesta terça-feira (4) pesquisa que o Instituto Datafolha divulgou revelando que 45% dos eleitores consideram o Legislativo brasileiro ruim ou péssimo. Só 13% dos pesquisados avaliaram o trabalho de deputados e senadores como ótimo ou bom. Para Tião Viana, essa crise de imagem é sanável.
- Penso que cabe a nós a apresentação de uma agenda que seja do tamanho do Brasil, uma agenda que recupere nossa imagem, que chame a nossa responsabilidade como uma resposta. E a resposta, sem dúvida nenhuma, é cumprir nosso papel fundamental, é votar, discutir bem o Orçamento, assegurar reformas do Estado de acordo com as necessidades da sociedade brasileira. Somos capazes e eu sou otimista no entendimento de que o Poder Legislativo é essencial à vida do Estado republicano. Sem ele, não há democracia e sem ele não há credibilidade nas instituições.
Tião Viana observou que já vinha alertando sobre a fase de grandes desgaste vivida pelo Parlamento brasileiro. Em sua opinião, as demais instituições republicanas não têm procurado estabelecer uma relação de cooperação com o Congresso Nacional.
- E o Poder Legislativo está se afogando nele mesmo, nas suas chamadas crises internas. Então isso aí tem trazido esse tipo de cenário. Mas eu penso que, pelo processo histórico em que o Poder Legislativo está inserido, há mais de 180 anos, com tantas contribuições contra os regimes de exceção e a favor da democracia, na votação de matérias relevantes para o atendimento da sociedade brasileira, nós temos todo um caminho de recuperação dessa fase de desgaste. Não tenho dúvida de que é uma fase momentânea e será superada por nós mesmos.
- Presidente, em março deste ano, os que avaliavam o Legislativo tão mal somavam 30% da população. Neste fim de ano esse cenário muda?
- Prefiro não entender como uma situação única nossa porque, quando se olha para a Argentina, 74% das pessoas acham que a crise do Poder Legislativo naquele país é intensa e inaceitável. Então, é uma espécie de momento político que vivem as instituições legislativas no nosso bloco continental. Na Venezuela, a mesma coisa. No Equador, decidiram agora por uma medida muito mais dura contra o poder Legislativo. Não é uma situação crítica só nossa.
04/12/2007
Agência Senado
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