TIÃO VIANA DIZ QUE RESPONDEU NO MESMO TOM DE NABOR JÚNIOR
O senador Tião Viana (PT-AC) lamentou em plenário, nesta segunda-feira (dia 19), a decisão do senador Nabor Júnior (PMDB-AC) de pedir sua convocação para prestar esclarecimentos na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Dizendo-se surpreso com a decisão de Nabor, Tião Viana rebateu as acusações de que fora leviano e afirmou que, em seu pronunciamento, estaria apenas reagindo às injúrias feitas pelo senador do PMDB contra o governador do Acre, Jorge Viana, que é seu irmão.Nabor Júnior afirmara que, na campanha eleitoral de 1998, Jorge Viana teria recebido dinheiro do ex-governador Orleir Cameli, acusado de corrupção. Em resposta, Tião Viana mencionou comentários que teria ouvido, de que Nabor recebera R$ 5 milhões para votar favoravelmente ao senador Luiz Estevão (PMDB-DF) na reunião do Conselho de Ética que aprovou parecer favorável à cassação do senador do Distrito Federal. - O senador Nabor Júnior deveria pedir desculpas pela agressão covarde e injuriosa praticada contra o governador do Acre, meu irmão, feita minutos antes de minha afirmação. Nabor acusou a honra do meu irmão de uma maneira vil. Nós adotamos a seguinte decisão: a cada 90 acusações difamantes contra a integridade da minha família, do meu irmão, nós vamos responder com apenas uma. Foi exatamente o que fiz nesta casa - justificou Tião Viana, lembrando a terceira lei de Newton, segundo a qual, para cada ação, há uma reação de igual valor e intensidade.Afirmando não ter interesse em denegrir a imagem de Nabor Júnior, o senador pelo PT disse apenas ter respondido na mesma medida. - Não é justo que se façam acusações como essas, sabendo dos riscos de agressão à integridade física que hoje sofre o governador do Acre, sua filhinha de três anos e meu pai, Wildy Viana, um homem de 73 anos de idade - respondeu Tião Viana, mencionando depoimentos de matadores de aluguel, gravados em fita cassete, que comprovariam o risco corrido pelo governador do Acre. O senador do PT disse não temer a apuração do Conselho de Ética.
19/06/2000
Agência Senado
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