Trabalhismo já teve dias melhores no estado



Trabalhismo já teve dias melhores no estado Debandada de descontentes nos dois partidos trabalhistas está abrindo lacunas que os líderes não conseguem suprir. No Rio Grande do Sul, o trabalhismo representado pelo PTB e PDT já teve dias melhores. Na Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre, os petebistas tinham seis representantes e ficaram com apenas dois: Cassiá Carpes e Elói Guimarães. A representatividade na Casa caiu 66,6%. Até agora é a maior perda de uma sigla entre as outras nove representadas na Câmara de Porto Alegre. Deixaram o partido Valdir Caetano (PL), Luiz Braz (PFL), Paulo Brum (PSDB) e Haroldo de Souza (sem partido). Na Câmara Federal e na Assembléia Legislativa, a bancada do PDT está com sua representatividade menor do que em 1998. Depois de eleger 25 deputados naquele ano, tem apenas 17 parlamentares. Entre os cinco deputados federais gaúchos eleitos em 1994, hoje restam apenas quatro. Na Assembléia, o partido baixou de nove para sete cadeiras. De 990 vereadores no Rio Grande do Sul passou para 923. Que motivo vem gerando este descontentamento entre os vereadores petebistas e a redução no número de pedetistas no Congresso, na Assembléia Legislativa e nas câmaras municipais do estado? Brizola articula apoio do PDT a Ciro Gomes. Do presidente do PDT, Leonel Brizola, reuniu-se ontem com a bancada do seu partido e, depois, com o ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes, deixando clara a tendência de apoio ao candidato do PPS à Presidência da República. O senador Jefferson Péres disse, porém, que a formalização do apoio à candidatura de Ciro Gomes não irá ocorrer agora porque as negociações ainda estão em curso. Lembrou que será necessário uma nova rodada de conversas com o candidato, mas reconheceu que ele está mais próximo do PDT do que o presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Depois da desistência do governador de Minas, Itamar Franco, de ir para a sigla, os pedetistas tentam encontrar uma alternativa para entrar na disputa sucessória. PMDB pode perder em bloco. O deputado federal do PMDB, Nelson Proença realizou ontem uma reunião com os deputados estaduais Cézar Busatto, lara Wortmann, Elmar Schneider e Berfran Rosado. Em pauta, os rumos do PMDB nacional e a saída de parlamentares do partido para outras siglas. Proença revelou que os descontentes do PMDB podem sair em bloco para outro partido, que pode ser o PTB. Outra hipótese seria a ida de alguns para o PPS e outros para o PTB e o PDT. Consolidando assim a formação de uma frente para vencer as eleições em 2002. "Nossa idéia é derrotar o PT", garantiu ele. O deputado disse que o descontentamento é grande no partido. O que leva Proença, o deputado federal Germano Rigotto e o senador José Fogaça a também conversarem sobre a troca de agremiação partidária. 'Antes nos defendíamos dizendo que éramos do PMDB do RS. Hoje, o nosso PMDB está conivente com tudo", reclamou ele. Com medo da cassação, Jader sai da Presidência Barbalho reafirmou, depois de deixar o plenário do Congresso que não vai abrir mão do mandato de senador O senador ficou sete meses no cargo. A renúncia é sua última tentativa para preservar o mandato e manter o foro privilegiado para se defender das acusações que pesam contra ele. Um silêncio total se abateu sob o plenário do Senado ontem, no final do discurso de renúncia à presidência do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Ao descer da tribuna, ele foi cumprimentado com ar de condolências pela grande maioria dos senadores. O painel registrou a presença de 73 dos 81 parlamentares que compõem a Casa. O discurso durou exatamente 40 minutos e a palavra renúncia foi pronunciada somente cinco minutos antes do final. Ao contrário do hábito do senador paraense, o discurso foi escrito, e recheado de citações de romancistas, filósofos e cientistas políticos - entre eles, Maquiavel, Ruy Barbosa, Voltaire, Galfleu Galilei, Cervantes e Erasmo de Roterdã. O senador Jader Barbalho (PMDB-PA), disse que responde a uma campanha de difamação que o condenou previainente. Citando Maquiavel para se referir aos seus adversários, afirmou:" Na verdade, os homens ofendem por medo ou por ódio". O senador terminou o discurso conclamando os senadores a encaminharem as investigações de forma honesta. A conversa secreta com ACM. Da tribuna do Senado, de onde fez o discurso de renúncia do cargo de presidente do Senado, o senador Jader Barbalho fez uma revelação: conversou por telefone com o então senador Antonio Carlos Magalhães sobre o processo que o senador baiano respondia por ter participado do episódio da violação do painel eletrônico do Senado. Este telefonema que fora negado por ACM - teria ocorrido no auge da briga dos dois, quando eles se negavam a trocar cumprimentos. Segundo Jader, a ligação telefônica foi feita pelo então senador José Roberto Arruda (DF). Jader disse que a conversa se limitou ao compromisso de que respeitaria prazos para a tramitação do pedido de cassação dos dois. José Roberto Arruda e ACM renunciaram antes que o processo chegasse à Mesa. Comissão tem provas para abrir o processo. Conselho de Ética deve O aprovar amanhã o relatório que propõe a abertura de processo contra Jader Barbalho (PMDB-PA) por quebra de decoro parlamentar. O relatório oficial foi assinado por dois dos três integrantes da comissão que investigou denúncias contra Jader Romeu Tuma (PFL-SP) e Jefferson Péres (PDT-AM). Eles acusam Jader de mentir ao negar que tenha se beneficiado dos recursos desviados do Banpará (Banco do Estado do Pará) em 84, quando era governador do Estado. Para Tuma e Péres, há provas do seu envolvimento. O corregedor-geral, Romeu Tuma, recebeu da Polícia Federal um resumo sobre na Sudam que aponta Jader como beneficiário de recursos desviados da autarquia. O terceiro integrante da comissão, o maranhense João Alberto Souza do PMDB, que é aliado de Jader, apresentou um voto em separado. A votação do relatório será aberta. Bancada gaúcha indica Fogaça. O senador Edison Lobão, que reassumiu a presidência interina do Senado, marcou para hoje, às 17h, uma sessão extraordinária para eleger o novo presidente da Casa. Como a votação para a presidência da Mesa é secreta, serão usadas cédulas de papel. Desde que foi comprovada a violação do painel de votação do Senado, que ele só é usado para as votação abertas. Segundo um acordo entre os líderes da base governista, o cargo deve continuar com o PMDB. O partido, no entanto, ainda não definiu quem irá lançar como candidato. A reunião que estava marcada para o final desta tarde para a escolha do nome foi adiada para às 11 h de hoje. Cinco nomes do partido estão na disputa: José Alencar(MG), José Fogaça( RS), José Sarney (AP), Renan Calheiros (AL) e Ramez Tebet (MS). O senador José Sarney (PMDB-AP) deve ser o indicado. O partido está tentando articular um consenso em torno do seu nome, que é quase impossível. A bancada gaúcha, pressiona para eleger José Fogaça, que adiantou que sairá da disputa se Sarney confirmar que concorre. Aliados têm dúvidas se Itamar disputa a prévia Decisão do governador mineiro deixou muita gente sem entender o que ele pretende fazer do seu futuro político A decisão de Itamar Franco de permanecer no PMDB deixou muitas dúvidas nos seus aliados sobre se o governador mineiro se submeterá realmente às prévias do partido, em janeiro próximo, como ele próprio anunciou. Também dentro do PDT, a decisão de Itamar revela conflito próximo, porque não existe unanimidade para o apoio a Ciro Gomes - candidato do PPS à disputa de 2002 - como o presidente do PDT, ex-governador Leonel Brizola, deseja. A permanência de Itamar no PMDB é uma vitória de seu mais próximo secretário de governo, Henrique Hargreaves. Na outra ponta, um outro aliado e assessor, o ex-secretário Alexandre Duperayt avaliava que o governador não deveria ficar no PMDB, porque não conquistou a garantia de ser o candidato nacional do partido em 2002. Segundo o presidente do PMDB mineiro, deputado federal Saraiva Felipe, não há dúvidas de que Itamar Franco disputará as prévias. Ele disse estar convencido de que o governador tem grandes chances, porque conta com a decisão dos convencionais de que o partido terá candidato próprio à sucessão de Fernando Henrique Cardoso. Garotinho diz que e candidato. Num ato de filiação de tucanos ao PSB em Minas Gerais, o governador do Rio, Anthony Garotinho (PPS), garantiu que ele será o candidato do partido à Presidência da República e que as avaliações de que prepara sua reeleição ao governo do Rio de janeiro são mentirosas e só servem para tentar confundir os seus aliados. Garotinho disse que vai convidar o presidente de honra do PT e provável candidato do partido em 2002, Luiz Inácio Lula dá Silva, para ser seu futuro ministro do Trabalho. "Nos últimos dias, aqueles que procuram confundir a opinião pública espalharam a notícia de que eu não seria candidato, inventaram a notícia de que eu seria candidato à reeleição no Pio de janeiro, apresentando as pesquisas que me dão mais de 70% no estado", afirmou. O governador garantiu que não é verdade e ressaltou que não está atrás de um cargo, mas de um sonho e, desfilando agruras do povo brasileiro, insistiu: "Sempre fui candidato. Aqueles que disseram que eu não era candidato foi para criar confusão na opinião pública neste momento de definição." Lalau: MP entrega acusações. O Ministério Público Federal de São Paulo entregou ontem as alegações finais da acusação no processo contra o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto que julga os supostos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O juiz Casem Mazloum, da 11 Vara da justiça Federal, responsável pelo processo, deve agora dar um prazo de dez dias para que a defesa de Nicolau apresente também suas alegações finais. Nelas, tanto a acusação quanto a defesa do réu apresentam ao juiz seus pontos de vista antes que seja dada a sentença. Foi entregue também a manifestação do Ministério Público sobre o laudo médico que atesta que o estado de saúde de Nicolau é grave, mas que ele pode ser tratado nas dependências da PF onde cumpria prisão até junho. O ministro Fernando Gonçalves, da 6ª Turma do STF, é o novo relator do habeas corpus proposto em defesa de Maria da Glória Bairão dos Santos, esposa de Nicolau. Maria da Glória foi enquadrada como participe nos crimes de estelionato, formação de quadrilha e peculato, juntamente com o engenheiro Antônio Carlos, que era contratado para vistoriar e medir as obras do TRT. Editorial Guerra Santa Durante as comemorações do Ano Novo judaico, em São Paulo, o rabino Henry Sobel declarou: "Nada de oferecer a outra face. O mal absoluto só pode ser vencido pela força bruta". Se uma das vozes que sempre se caracterizou pela sensatez desta vez prega a violência, pode-se perceber o quanto o mundo, desde o 11 de setembro, foi sendo invadido pelo crescimento de um quadro de preconceito que demoniza o mundo árabe. Radicalmente diferentes em valores, Ocidente e Oriente estão sendo levados a uma nova Guerra Santa. Ela se dará entre o mundo ocidental (cristão, judeu, civilizado) e os orientais (definidos como islâmicos e bárbaros). Equivocadamente, esta nova guerra, que está se delineando, confunde os talebans e seu fanatismo com um povo que pode se tornar tão vítima quanto os milhares de inocentes mortos nos ataques às torres de Nova York. O professor Edward W. Said, da Universidade de Columbia, diz que "a demonização do Outro não é uma base suficiente para nenhum tipo decente de política, e muito menos agora, quando se deve examinar as raízes do terror na injustiça e isolar os terroristas." Se é impossível qualquer pensamento condescendente em relação à insanidade brutal dos terroristas que atacaram Nova York e Washington, também é doloroso imaginar que a retaliação americana inevitavelmente irá levar a outras milhares de mortes. O que se espera dos responsáveis pelos destinos do mundo, nesta hora, é que o contra-terrorismo não tenha a mesma face bárbara que tanto condenamos. Topo da página

09/19/2001


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