TUMA FAZ BALANÇO DA 67ª REUNIÃO DA INTERPOL
Como vice-presidente honorário da Interpol, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) fez um balanço da 67ª Reunião da Assembléia-Geral da Organização Internacional de Polícia Criminal (OIPC) - a Interpol, realizada no Cairo, entre os dias 22 e 27 de outubro. Tuma reproduziu informações que considera úteis ao trabalho dos legisladores. Segundo o senador, os temas principais de discussão foram os reflexos das dificuldades financeiras internacionais no funcionamento da instituição e o terrorismo, além do transcurso do 50º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que também mereceu destaque na fala do presidente da OIPC, Toshinori Kanemoto.Tuma, que por "circunstâncias excepcionais" não pôde comparecer àquela reunião, disse que as preocupações da instituição giram em torno do caráter cada vez mais internacional e complexo da delinqüência, incrementando as dificuldades de obtenção de provas. Em conseqüência disso, requer-se o aprimoramento das medidas de repressão. "Os crimes relacionados com a alta tecnologia e o branqueamento de dinheiro são um exemplo claro do problema", esclareceu o senador por São Paulo. Ele acrescentou que se torna indispensável, portanto, criar mecanismos de coordenação entre outros organismos internacionais. Assim está sendo implementado o Plano de Desenvolvimento Estratégico e foi aprovado pela assembléia-geral um fundo especial destinado a receber doações através de fundações.O senador destacou que as atividades delituosas como o terrorismo e o crime organizado, especialmente o tráfico de drogas e de armas, foram apontadas pela reunião como "grave perigo para os direitos humanos, o interesse dos povos e os valores das sociedades democráticas e seus regimes políticos". Com o objetivo de conscientização desses problemas, a assembléia aprovou o novo "Guia Interpol de Cooperação na Luta Contra o Terrorismo Internacional" e resolveu defender a idéia de executar um plano destinado a intensificar a cooperação policial e judicial entre os países membros para suprimir os obstáculos que impedem a extradição de terroristas fugitivos, informou Romeu Tuma.- Durante as discussões, ficou claro que se deve dar excepcional atenção aos temas relativos à "ciberdelinqüência", ou seja, à criminalidade informatizada - afirmou Tuma. Ele ressaltou também como importantes duas resoluções aprovadas no campo da cooperação bilateral. Em uma delas aprovou-se o protocolo de acordo com a Organização Mundial de Aduanas, "fundamental para o combate ao narcotráfico, uma vez que, segundo as estatísticas, 80% das apreensões de estupefacientes acontecem nas regiões de fronteira". Noutra, foi votado o acordo com o Conselho de Ministros do Interior Árabes, que permitirá uma cooperação maior na luta contra o terrorismo.
15/12/1998
Agência Senado
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