Tuma protesta contra violência em videogame
O senador Romeu Tuma (PTB-SP) disse nesta quarta-feira (11) considerar "inadmissível" a circulação do jogo de computador RapeLay, que simula o estupro de mulheres. Matéria sobre esse divertimento virtual foi publicada neste fim de semana pela revista Época.
Conforme a publicação, o jogo eletrônico está causando polêmica nos Estados Unidos, justamente porque o jogador deve estuprar mulheres no metrô - ganha pontos quem mais praticar o crime.
- No momento em que o Brasil luta para combater a pedofilia, em particular o Senado, onde funciona uma CPI criada para esse fim, não se pode admitir que crimes sexuais sejam banalizados em jogos que podem chegar às mãos de crianças e adolescentes e mesmo alimentar a fixação doentia de muitos adultos - protestou o parlamentar.
Produzido pela Ilusion - empresa japonesa especializada em fazer games pornográficos -, o "simulador de estupro" vem sendo comercializado naquele país desde 2006. A partir do mês passado, o jogo chegou a vários outros mercados, por meio do site de vendas norte-americano Amazon.
Tuma disse considerar a descrição do jogo "estarrecedora": "No jogo, você é um perturbador da ordem pública que, agora, longe da prisão, busca novas metas. Você encontra uma mãe solteira e suas duas filhas e começa a caçá-las, uma a uma."
De acordo com a matéria mencionada pelo senador, diante da repercussão negativa, os sites da Amazon e o de leilões eBay retiraram o produto de seus catálogos. Tuma, entretanto, lamenta que cópias piratas possam ser baixadas na Internet.
O senador lembrou não ser esta a primeira vez que jogos de computador estimulam a prática de crimes. Em 1997, o game Carmageddom causou revolta em todo o mundo. Nele, o jogador participava de uma corrida em que quanto mais pessoas atropelasse com seu carro virtual, mais pontos ganhava. As vítimas eram crianças, velhinhas, freiras e mulheres grávidas.
- Alerto os pais para que fiquem atentos aos jogos que são instalados nos computadores de casa - conclamou o parlamentar.
11/03/2009
Agência Senado
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