TV por assinatura e Cinema estão na pauta do Conselho de Comunicação



O conselheiro Roberto Wagner Monteiro, representante das empresas de televisão, disse que o Conselho de Comunicação Social está atento às iniciativas legislativas que prevêem a possibilidade de ajuda financeira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as empresas de TV por assinatura endividadas. Segundo ele, que participou nesta segunda-feira (3) da reunião mensal do conselho, o órgão irá se posicionar contrariamente a qualquer medida que vise conceder benefício a alguma empresa em detrimento das outras. Ele disse que o conselho também é contrário a venda de 100% das ações das TVs por assinatura para estrangeiros, conforme consta do projeto (PLS nº 175/2001) do senador Ney Suassuna (PMDB-PB).

Sobre o assunto, o conselheiro Daniel Hertz criticou matéria da revista Veja publicada no dia 22 de outubro passado, que, em sua opinião, trata da questão da situação financeira das TVs por assinatura de maneira editorializada, sem informar devidamente ao leitor sobre as polarizações existentes em torno do tema. Hertz disse que, ao contrário do que afirma a matéria, não há características de xenofobia no tratamento que vem sendo dado ao assunto pelos membros do Conselho de Comunicação Social. O presidente do conselho se solidarizou com Hertz e também lamentou que a reportagem -não tenha contribuído para o debate democrático necessário sobre o tema-.

O conselheiro Geraldo Pereira dos Santos, que representa as categorias profissionais de cinema e vídeo, solicitou a realização de uma reunião do conselho, o que deve ocorrer em fevereiro, para discutir as estratégias que o país deve empreender para aumentar a produção cinematográfica nacional. Em sua opinião, o debate, que também deverá abordar a criação da Agência Nacional do Cinema (Ancine), é necessário para evitar a sazonalidade e as dificuldades de fomento que o setor enfrenta.

Já o conselheiro Francisco Pereira reclamou do fato de vários órgãos do Senado, em particular, as comissões, não considerarem, com a devida importância, o papel do conselho nos debates sobre os problemas da comunicação social. Para ele, é preciso esclarecer à Casa o objetivo e a atuação do conselho.



03/11/2003

Agência Senado


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