Um livro com 2.214 obras inacabadas que causou perplexidade
"Primeiro, ficamos perplexos. Depois, vem a revolta." A declaração do senador Carlos Wilson, que presidiu a comissão especial, apareceu nos telejornais de Campo Grande (MS), no dia 15 de setembro de 1995, e refletia o que os senadores sentiam vendo um hospital de 12 andares, fechado e sem equipamentos, mas inaugurado mais de um ano antes.
Era apenas uma das 80 obras inacabadas de Mato Grosso do Sul visitadas pela comissão do Senado. Os senadores conheceram obras inacabadas em todos os estados - muitas delas abandonadas por prefeitos ou governadores apenas porque tinham sido iniciadas por um adversário político. Eram escolas, pontes, hospitais, viadutos, trechos de rodovias que o abandono levava à corrosão.
O relatório final foi entregue não só ao presidente da República, mas também à Comissão Mista de Orçamentos do Congresso e ao Tribunal de Contas da União, ao qual caberia verificar se havia alguma irregularidade na paralisação das obras. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por recomendação dos parlamentares, deveria dar prioridade na alocação de verbas à conclusão das obras.
28/09/2001
Agência Senado
Artigos Relacionados
Cartilha sobre obras do PAC no Piauí mostra obras inacabadas ou que sequer começaram, afirma Heráclito
Conferida prioridade a obras inacabadas
Cadastro de obras inacabadas poderá constar do PPA
CCJ vai examinar emenda do PT sobre obras inacabadas
JUCÁ PRETENDE INVESTIGAR OBRAS INACABADAS NA CFC
DAS 96 OBRAS AUDITADAS PELO TCU, 94 ESTÃO INACABADAS