Valadares defende direito de greve dos professores de Sergipe
O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) defendeu nesta segunda-feira (24) os professores de Sergipe, em greve há mais de 14 dias. Tachada de -movimento com conotação puramente política- pelo governo chefiado por João Alves (PFL), a greve tem como justificativa o pagamento das férias de janeiro deste ano; o pagamento dos 5% devidos a título de gratificação por triênio; e o pagamento do adicional de 1/3 sobre o vencimento-base a que os servidores têm direito ao completarem 25 anos de serviço.
O parlamentar sergipano observou que as reivindicações são justas e lamentou que em seu estado um professor chegue a ganhar R$ 197 de piso salarial, valor defasado do salário mínimo em R$ 63. Ele acrescentou que, além do salário baixo, as condições de trabalho são muito ruins: há escolas sem fornecimento de água potável e com o mato dominando o terreno.
A ação do governo estadual, que efetuou corte de salários a partir de abril, está levando os professores a uma situação de desespero. Mesmo tendo obtido no Tribunal de Justiça de Sergipe o direito a continuarem recebendo os salários, os professores foram surpreendidos com sentença do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que condiciona o pagamento dos salários ao julgamento final da ação pelo tribunal estadual.
- Falo não só em defesa dos professores sergipanos, mas do direito de greve e de sua regulamentação - afirmou Valadares.
O senador recordou que ao tempo em que foi governador, no final dos anos 80, negociou com os professores o fim de uma greve, por meio da concessão de gratificação adicional de 20% e da exigência de reposição das aulas.
24/05/2004
Agência Senado
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