Valadares defende política de distribuição de água para o Nordeste
O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) defendeu nesta segunda-feira (24) a implantação de uma "política agressiva" de armazenamento e distribuição de água para o semi-árido nordestino. Ele lembrou que a região conta com reservas subterrâneas que poderiam abastecer boa parte da população brasileira, embora ainda prevaleça o mito da escassez natural de água no Nordeste.
O senador citou dados de um relatório da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas), datado de 1995, e disse que é possível extrair, no semi-árido, 20 bilhões de metros cúbicos de água por ano. Entretanto, são extraídos menos de um bilhão, ou "3% a 4% de toda essa grande disponibilidade".
- Se extraíssemos dez, trinta ou sessenta por cento, como se poderia falar em falta de água no Nordeste? - indagou o senador.
Valadares ressaltou que as reservas de água subterrânea no Nordeste estão estimadas em 135 bilhões de metros cúbicos. Apenas a grande bacia sedimentar Maranhão-Piauí apresenta um potencial hídrico acima de 100 metros cúbicos por segundo, com água suficiente para abastecer dois terços da população do país.
- Nosso país está 100 anos atrasado na perfuração de poços, segundo especialistas. Não falta apenas pesquisa. Falta, sobretudo, determinação política. Poços, cisternas, coleta de água no telhado, armazenamento de águas de superfície e, em especial, açudes. Se forem instaladas uma rede de adutoras, como aquelas que transportam petróleo, e se contarmos com a distribuição apenas da água dos açudes já existentes, todo o Nordeste teria água suficiente - afirmou.
24/03/2008
Agência Senado
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