VALADARES DESTACA POSIÇÃO DO PSB FRENTE À CRISE
A luta em prol da retomada do desenvolvimento contra o desemprego, aliada à "denúncia das privatizações danosas ao patrimônio nacional", ao resgate da autonomia de estados e municípios, à exigência da reforma agrária e à denúncia do acordo feito pelo governo federal com o Fundo Monetário Internacional (FMI) integram a pauta de ação política defendida pelo PSB, conforme destacou nesta quarta-feira (dia 24) o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). Ele leu a íntegra do manifesto "O PSB frente à crise nacional", elaborado em reunião do diretório nacional do partido realizada no último dia 20.No manifesto, o PSB denuncia a ação do governo federal no âmbito econômico como responsável pela acentuação da dependência nacional em relação ao capital especulativo internacional e por seus efeitos - o aumento da pobreza e da exclusão social, com agravamento da concentração de renda e aprofundamento das desigualdades regionais. "Os piores indicadores sociais da história brasileira" foram registrados nos últimos quatro anos de governo, salientou o senador.É a partir desse posicionamento que o diretório também decidiu manifestar seu "integral apoio" ao governador de Minas Gerais, Itamar Franco, "no momento em que ele convoca a Nação a resistir ao desmonte da federação brasileira", assim como aos governadores eleitos pelo PSB e por forças partidárias aliadas.O PSB também atribui ao governo a destruição do setor exportador nacional, vitimado pela política de importações "irresponsável e predatória". As privatizações conduzidas pelo governo, por outro lado, teriam levado "à fragilização do Estado brasileiro, tornado impotente para pôr em prática qualquer política capaz de soerguer a economia brasileira".Valadares assinalou ainda que o PSB entende que o sucateamento das universidades e centros de pesquisa científica e tecnológica é "deliberado" .A resistência a esse estado de coisas, acentuou o senador, não deverá mobilizar o partido apenas no Parlamento, mas "deve transbordar numa ampla mobilização da sociedade, da qual participem trabalhadores, estudantes, empresários e servidores públicos".
24/03/1999
Agência Senado
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