Valmir: política cultural não pode se basear apenas em incentivos fiscais



Ao questionar o papel que o Estado vem exercendo para estimular a cultura do país, o senador Valmir Amaral (PMDB-DF) disse que a política cultural não pode se sustentar apenas com incentivos fiscais. Em sua opinião, os resultados das políticas para a indústria cultural, como as leis de incentivo à cultura - Lei Rouanet e Lei do Audiovisual -, não devem diminuir os esforços por uma política pública específica, com lógica própria, que valorize a diversidade e o experimental.

Para o senador, um programa político norteado pelo conceito de democratização da cultura deve incentivar os estados a abrirem seus espaços para as produções locais, uma vez que as grandes produções nacionais geralmente contam com patrocínios e financiamentos.

Ao abordar a situação de Brasília, o senador disse que a capital reproduz problemática idêntica à de outros estados: há poucos espaços na cidade dedicados à produção local nos teatros administrados pelo poder público ou por empresas estatais, apesar de a cidade possuir diversificada manifestação teatral.

Valmir Amaral citou o teatro engajado dos irmãos Adriano e Fernando Guimarães, os grupos comandados pelo diretor Hugo Rodas, as produções das companhias Os Melhores do Mundo e Néia e Nando e os trabalhos do ator Cláudio Falcão, dizendo que elas podem ser equiparadas ao melhor da produção nacional.



13/11/2003

Agência Senado


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