Valter Pereira garante que país pode aumentar oferta de alimentos e reduzir importação do trigo
O senador Valter Pereira (PMDB-MS) criticou os produtores agrícolas dos países ricos - que subsidiam sua agricultura - pelo lobby que vêm desenvolvendo junto a entidades internacionais como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), visando a coibir a produção de biocombustíveis no Brasil para não comprometer a oferta de alimentos no planeta.
- Nas discussões travadas sobre o assunto, o que não tem faltado é acusação aos biocombustíveis como vilões da história. Para muitos, a área agricultável estaria deixando de priorizar alimentos, forçando a escalada preços. Apoio o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem promovido um respeitável enfrentamento contra esse poderoso lobby, feito por quem não tem condições de concorrer com a agricultura brasileira - afirmou o parlamentar.
Na avaliação de Valter Pereira, o movimento internacional contra a produção de biocombustíveis também parte das nações produtoras de petróleo, cujos derivados encarecem os insumos da agricultura, levando o setor a aferir margens de lucro agora ameaçadas pela alternativa de energia limpa do etanol e do biodiesel.
- Da mesma forma o presidente tem agido com indiferença às pressões desses países, que também abrigam cartéis de fertilizantes (derivados de petróleo) no Brasil, setor onde o governo deveria agir com mais rigor - disse.
Trigo
Nesse quadro, Valter Pereira disse esperar que o Brasil passe também a enfrentar questões internas "mal resolvidas" e invista em pesquisa na agricultura, de modo a multiplicar sua capacidade produtora. Para tanto, sugeriu que sejam destinados mais recursos para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Outro item em que o Brasil estaria em contradição com sua própria política econômica, na avaliação do parlamentar, seria a dependência do país do trigo importado da Argentina e dos Estados Unidos, o que se reflete em aumento de preços ao consumidor.
- O Brasil tem projetos obrigando a prática do uso de alternativas ao trigo para o pão. Misturas com farinhas de mandioca e outras não deveriam ser desprezadas - finalizou.30/04/2008
Agência Senado
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