Valter Pereira se despede lamentando não ter disputado eleições para o Senado




Em discurso no Plenário nesta sexta-feira (17), o senador Valter Pereira (PMDB-MS) se disse vítima de manobras políticas dentro de seu partido, o que o impediu de concorrer ao Senado nas eleições de 2010. Valter Pereira, que deixará a Casa em 31 de janeiro - ele assumiu a vaga quando da morte do titular do mandato, Ramez Tebet, em 2006 -, prestou contas de sua atuação parlamentar.

- Deixo o Senado com certa frustração por não ter conseguido aprovar alguns projetos relevantes. No entanto, sinto-me recompensado por ter conseguido introduzir, no ordenamento jurídico, outras normas igualmente importantes - avaliou.

Ao resgatar os principais pontos de sua atuação no Legislativo, Valter Pereira ressaltou seu trabalho como relator na reforma do Código de Processo Civil, classificando-a como "cereja do bolo" de seu mandato como senador.

Ele também lembrou que priorizou os interesses dos municípios brasileiros e do Mato Grosso do Sul, além de ter atuado de forma a buscar o desenvolvimento da região Centro-Oeste do país.

- Aproveitei minha condição de presidente interino da CCJ e retomei a discussão sobre a criação de uma agência para o desenvolvimento da região Centro-Oeste - assinalou.

O parlamentar também apontou como marcante o período em que foi presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e destacou suas propostas nas áreas ambiental, previdenciária e de combate às drogas, mas lamentou ter que deixar o cargo quando ainda há muitos projetos de sua autoria a serem aprovados.

Apartes

Em aparte, os senadores Mão Santa (PSC-PI), Marco Maciel (DEM-PE), Cristovam Buarque (PDT-DF), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Lucia Vânia (PSDB-GO), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) elogiaram o desempenho de Valter Pereira e destacaram que o senador por Mato Grosso honrou o mandato de Ramez Tebet.

Mão Santa comparou a atuação do suplente com a substituição de Pelé pelo centroavante Amarildo, na Copa de 1962, no Chile. Na ocasião, o "rei do futebol" saiu lesionado e foi substituído pelo reserva Amarildo, que tornou-se figura decisiva para o Brasil sagrar-se bicampeão mundial de futebol.

- Foi como naquela Copa, não sei se Vossa Excelência lembra. Quando saiu o Pelé e entrou o Amarildo, e fez um bocado de gol e fomos campeões do mundo - comparou Mão Santa.



17/12/2010

Agência Senado


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