Vários senadores falaram em apoio ao projeto que bloqueia programas de televisão
O primeiro a falar foi o senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), relator da matéria na Comissão de Educação (CE), que refutou a excessiva exposição das crianças à violência e à erotização precoce propiciadas pela televisão.
Líder do governo, o senador Artur da Távola (PSDB-RJ) disse que a utilização do sexo, da violência e do grotesco estão crescendo na televisão brasileira. Ele louvou o fato de que o projeto resolve o assunto sem censura oficial, mas com tecnologia. E explicou que não será o Estado que bloqueará a programação, mas a família.
O senador José Fogaça (PPS-RS) também explicou que o projeto não fere a Constituição, porque não institui censura do Estado. E ressalvou não ser partidário da tese de que a obra de arte difundida pela televisão ensina violência. "A arte não é escola de violência, é escola de vida e é um caminho para as escolhas emocionais que nossos filhos um dia terão que fazer", afirmou.
A senadora Emilia Fernandes (PT-RS) disse que a valorização do sexo e da violência na TV está agredindo a família e observou que nunca se viveu um momento de tamanha banalização desses assuntos. "As mulheres estão profundamente aviltadas nos nossos meios de comunicação, até por conivência, porque não se rebelam contra isso", reclamou.
Também se manifestaram em apoio ao projeto os senadores Romeu Tuma (PFL-SP), Geraldo Cândido (PT-RJ), Bernardo Cabral (PFL-AM), Antero de Barros (PSDB-MT), Pedro Simon (PMDB-RS), Alberto Silva (PMDB-PI), Carlos Patrocínio (PTB-TO), Lúcio Alcântara (PSDB-CE), Heloísa Helena (PT-AL), Ricardo Santos (PSDB-ES), Sebastião Rocha (PDT-AP), Eduardo Suplicy (PT-SP), José Coelho (PFL-PE) e Bello Parga (PFL-MA).
05/12/2001
Agência Senado
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