Vieira aponta para a falência da segurança pública do Estado



O relator da CPI da Segurança Pública, deputado Vieira da Cunha (PDT) fez duras críticas em relação à condução da Secretaria Estadual da Justiça e da Segurança Pública. Disse que o fechamento das delegacias especializadas, a falta de aparelhamento e de recursos humanos está provocando a verdadeira falência da polícia civil, atestada pela maior autoridade do setor, o secretário Jose Paulo Bisol. Em relação à Brigada Militar, afirmou que esta vem sendo desviada de sua função constitucional.

Diante dessas informações, disse Vieira, conclui-se que a polícia age de forma seletiva, investigando apenas os casos mais graves o que acaba estimulando os pequenos delinqüentes a continuar no crime. Manifestou preocupação com os baixos investimentos feitos em segurança pública no atual governo, destacando que no primeiro biênio o Executivo destinou apenas R$ 771 mil para equipamentos, contra R$ 6, 219 milhões investidos no mesmo período do governo passado. Em aquisição de veículos, o governo atual investiu R$ 2,9 milhões, sendo que o anterior destinou R$ 16,1 milhões na compra de carros.

O relator também fez críticas a atitude do secretário José Paulo Bisol que disse em seu depoimento à CPI que as estatísticas no Brasil não são confiáveis, incluindo as do Rio Grande do Sul. Abordou ainda as relações de Bisol com as entidades representativas de classe, salientando que unanimidade atestou a total falta de diálogo.

Vieira da Cunha também tratou da "banda podre da polícia" e disse que um partido que está há três anos administrando o Estado não pode só falar no assunto. "È preciso agir e afastar os policiais corrupto^", sugeriu.

A leitura do relatório continua.

11/14/2001


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