Violência no transporte é discutida no Congresso de municípios



Painel anunciou programa de segurança nas estradas, que irá reduzir acidentes e intensificar fiscalização

A violência praticada no trânsito foi o tema de mais um painel do 44º Congresso Estadual de Municípios, realizado na tarde desta terça-feira, dia 28, no Guarujá. Com a presença de prefeitos e secretários municipais e estaduais, o tema abordado foi “O Transporte e a Violência”, no Auditório IV do Casa Grande Hotel. Abrindo a exposição, o secretário estadual dos Transportes Michael Zeitlin apresentou um programa de segurança nas rodovias estaduais, com o intuito de diminuir o número de acidentes. Nas rodovias paulistas, disse o secretário, morreram 213 pessoas por mês em 99, sendo que 26% foram vítimas de atropelamento. E a metade desse percentual apontou uma grave causa: o trânsito de pedestres debaixo de passarelas. “Na Via Anchieta, 57% das vítimas fatais são por atropelamento, enquanto, na rodovia dos Imigrantes, o percentual cai pouco: 50%”, contou. Com essa iniciativa, a Secretaria Estadual dos Transportes quer reduzir o índice em 30%. “Além de aumentar o número de passarelas, faremos uma campanha de conscientização nas escolas públicas e particulares, junto às crianças”, esclareceu o secretário. Ele quer sensibilizá-las, pois acredita que a criança influencia os pais, controlando sua conduta. Além da campanha, a fiscalização se fará imprescindível. Zeitlin explicou que radares fotográficos e lombadas eletrônicas também serão implantados. Será importante criar o estatuto da estrada, estabelecendo os direitos e obrigações dos usuários e das concessionárias. “É uma espécie de Procon”, salientou Zeitlin. O estatuto ficará pronto entre abril e maio e será distribuído ao usuário em guichês de pedágios. Outra ação da Secretaria dos Transportes consistirá na implantação de um banco de dados sobre acidentes, promovendo a interatividade com o usuário das estradas. Zeitlin finalizou dizendo que o Rodoanel será entregue no segundo semestre do ano que vem e que existem 24 frentes de trabalho atuando nos 32 quilômetros da obra. Na segunda etapa de discussões, o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Cláudio de Senna Frederico, apontou as questões essenciais que envolvem o transporte na Capital paulista. A maior violência, disse o secretário, é a falta de transporte urbano. “No início do governo, havia 43 quilômetros de metrô e nossa intenção é ampliar a linha, atingindo 100 quilômetros de extensão. O Governo Covas construiu muito mais em sua administração, que os demais governos nos últimos 30 anos de vida do metrô. “O importante é que os futuros governos dêem continuidade”, disse Frederico. Sobre os trens de subúrbio da Capital, o secretário informou que há dois caminhos a seguir: converter a maior parte em metrô e estend

03/28/2000


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