Virgílio registra "aniversário da impunidade" de Waldomiro
O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), registrou nesta terça-feira (13) o "aniversário de dois meses da impunidade" do ex-assessor do Palácio do Planalto Waldomiro Diniz. "Não só do Waldomiro, mas em torno dele", frisou. Virgílio lembrou que o governo não conseguiu atender ao desejo da sociedade pela verdade sobre o escândalo e só fez uma sindicância, que produziu um documento sem ouvir o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o seu ex-assessor "e réu confesso" Waldomiro Diniz, que não teve respeitado seu direito de defesa.
Arthur Virgílio chegou a cantar uma versão própria de Parabéns pra você, que dizia: "Parabéns para Waldomiro/ Nesta data não feliz/ Muitas infelicidades/ Para esta Nação vilipendiada/ Onde desempregados ateiam fogo às vestes/ E onde corruptos não vão para a cadeia".
- O governo que veio moralizar esta República, convive muito à vontade com a impunidade e seus exemplos nefandos. Waldomiro Diniz passeava sua impunidade pela CPI da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com um habeas corpus no bolso, e portava-se como se portam os meliantes, com o único objetivo de ficar fora da cadeia. Para isso, cercando-se de advogados competentes e cuidados com que a lei brasileira prodigaliza malfeitores desse tipo - assinalou.
O senador chamou a atenção para algumas das declarações de Waldomiro à CPI da Alerj, que considerou graves. A primeira delas, continuou, é a confirmação de que entregou dinheiro a "um certo Paulinho", identificado como um dos chefes da campanha do PT no Distrito Federal. A outra declaração é a que, dizendo-se chantageado por Carlinhos Cachoeira, Waldomiro pediu providências ao então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, ao corregedor-geral da República, Waldir Pires, e ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que não foram tomadas.
13/04/2004
Agência Senado
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