Vôlei ganha experiência internacional nos Jogos Sul-Americanos



Os rostos são desconhecidos. Já a garra e a vontade de vencer são as mesmas da equipe principal que carrega a excelência do vôlei mundial. No Chile, a responsabilidade de vestir a camisa verde e amarela na quadra ficou com as garotas do infantojuvenil e juvenil, com idade entre 15 e 18 anos, que puderam sentir, pela primeira vez, o clima e a pressão de uma competição no estilo olímpico, além de ficar perto de seus ídolos no esporte.

A seleção brasileira de vôlei feminino volta para casa com a medalha de bronze, depois de quatro vitórias e somente uma derrota, para as donas da casa. A experiência vivida durante os Jogos Sul-Americanos faz parte de uma ação conjunta entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para dar todo o suporte às equipes de base do vôlei de quadra.

Por meio de dois convênios com a confederação, o ministério investe na preparação das seleções brasileiras infantil, infantojuvenil e juvenil, femininas e masculinas, com equipes técnicas multidisciplinares para treinamentos e competições, com transporte, hospedagem e alimentação de atletas e técnicos, com recursos de R$ 5,5 milhões. Outro investimento é para fomento e realização de Campeonatos Brasileiros de Seleções Estaduais, juvenis e infantojuvenis, femininos e masculinos, com foco na detecção de talentos, e recursos em torno de R$ 4,7 milhões.

Segundo o técnico da seleção de base feminina, João Luis Klein, graças ao investimento governamental a nova geração do vôlei brasileiro vem conquistando experiência que será crucial na equipe principal. “Para nós é importantíssimo poder realizar esses intercâmbios e dar experiência internacional aos jovens atletas. Assim, podemos fazer uma avaliação melhor e com o maior número de meninas. Agora, conseguimos buscar uma qualidade maior para a seleção de base. Tanto é que o Brasil, com uma equipe muito mais nova, jogou com outros países de igual para igual”, explica.

O Chile foi a primeira experiência internacional da maioria das jogadoras. A líbero brasileira, Luísa Pereira, de 17 anos, ficou encantada com toda a estrutura e organização dos Jogos. “É uma experiência única está em um lugar que tem atletas profissionais que você vê geralmente pela televisão. É encantador saber que estou disputando uma medalha que tem o mesmo peso para eles. É uma competição no estilo olimpíada, claro que com menos países, e que será uma experiência que levarei para o resto da vida”, afirma a jovem atleta.

O técnico acrescenta que participar dos Jogos Sul-Americanos ajudará no controle emocional das jovens jogadoras. “Aqui é uma miniolimpíada. É um evento muito grande para elas, que contam com pouca experiência no esporte. Elas puderam jogar contra times adultos, que têm outro padrão de jogo e que não se abalam tanto emocionalmente.  É bom para o equilíbrio emocional, pois elas só vão conseguir esse equilíbrio nos momentos decisivos, passando com experiência como a dos Jogos Sul-Americanos”, diz klein.

João Luis Klein revela que a equipe conta com meninas com potencial e biotipo técnico para chegar a uma seleção adulta. “Temos que valorizar o grupo. Temos bons nomes que têm tudo para evoluir se continuar se desenvolvendo na carreira. Elas ainda não estão prontas, elas estão no primeiro ano de juvenil, e outras, no primeiro ano de infantojuvenil. São mais cinco anos de trabalho até chegar ao profissional”, explica.

Fonte:
Ministério do Esporte



13/03/2014 16:00


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