Votação da LDO só deve ser concluída em agosto, diz relator




O relator da LDO, deputado Danilo Forte, e o presidente da CMO, senador Lobão Filho

VEJA MAIS

Com o prazo apertado, deputados e senadores acreditam que não será possível a Comissão Mista de Orçamento votar o relatório final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2014 (PLN 2/2013) antes do recesso parlamentar, que começaria na próxima quinta-feira (18) e deve ser cancelado. A aprovação da LDO, em sessão do Congresso, é pré-requisito constitucional para o recesso de julho.

O relator da proposta, deputado Danilo Forte (PMDB-CE), trabalha agora com o prazo final de votação da LDO, dia 31 de agosto, quando deve ser enviado ao Congresso o projeto de Lei Orçamentária de 2014 (LOA).

- Só vamos votar a LDO depois que o Orçamento Impositivo for aprovado, porque há um forte desejo de ver a medida implementada ainda neste ano - disse.

Há um acordo para a votação da PEC do Orçamento Impositivo (PEC 565/2006 e apensados) no dia 6 de agosto em comissão especial e no dia 7 no Plenário da Câmara. O texto torna obrigatória a execução de emendas individuais de parlamentares que modificam o Orçamento da União, desde que estejam ligadas a programas prioritários do governo.

- Digamos que ela [PEC do Orçamento Impositivo] não seja aprovada imediatamente. Temos até o dia 15 para votar a LDO, ainda com muito tempo para a adequação do projeto de Orçamento - afirmou Forte.

Relatório preliminar

Na próxima terça (16), os parlamentares devem votar o relatório preliminar, o que vem sendo adiado há quatro semanas. O presidente da comissão, senador Lobão Filho (PMDB-MA), disse que a proposta enfrentou obstrução de quase todas as bancadas na Câmara, embora, segundo ele, o PT e os senadores estivessem dispostos a votar a proposta.

O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), chegou a tentar incluir a LDO na pauta do Plenário diretamente, sem a votação da comissão. A reação do PMDB na Câmara, no entanto, foi imediata: o líder do partido, deputado Eduardo Cunha (RJ), declarou, na sessão da Câmara de quarta (10), que faria obstrução e foi apoiado por vários partidos.

- Se queremos valorizar o trabalho dos parlamentares, priorizando a discussão e as audiências públicas, não podemos votar uma proposta como a LDO sem emendas nem discussão. Seria dar autonomia desmedida ao Executivo - argumentou Danilo Forte.

Mesmo que fosse feito um esforço para votar a LDO até o dia 17 de julho, seria necessário um acordo quase unânime. Após a votação do relatório preliminar, há um prazo de até 10 dias para emendas ao relatório final, que já inclui regras sobre gastos e obras irregulares, e ainda pode haver pedidos de vista e obstrução. Por isso, deve prevalecer o calendário do relator, com a votação na segunda semana de agosto.

Da Agência Câmara



12/07/2013

Agência Senado


Artigos Relacionados


Bolsa-artista deve ter votação concluída na Comissão de Educação

Votação do projeto de Lei de Falências deve ser concluída nesse semestre

Votação de projetos importantes deve ficar para agosto

Troca de relator deve garantir votação do Orçamento este ano, diz Sarney

Concluída na CCJ votação do Fundeb

Concluída votação de relatório setorial