Votação de processos contra Renan no Plenário poderá ser no próximo dia 22



A votação dos três processos em curso no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contra o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros, por quebra de decoro parlamentar, poderá ser feita pelo Plenário do Senado no próximo dia 22. A data vem sendo defendida por vários senadores, entre eles o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), e olíder do PMDB,Valdir Raupp (RO), que, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (9), informaram estar trabalhando para um desfecho dos processos nesses próximos dias.

Segundo Raupp, quanto mais cedo se resolver esse caso, melhor será para o país e também para se decidir a questão da sucessão definitiva de Renan na Presidência do Senado.

- Se pudermos resolver este problema até o dia 22, será melhor para o país. Temos tempo suficiente para isto - afirmou Raupp.

A mesma opinião tem Quintanilha. No entanto, o senador lembrou que a votação dos três processos no Conselho de Ética não depende dele, mas sim dos relatores dosprocessos, que ainda não concluíram suas investigações.

- Defendo a agilização dessa questão, mas estamos dependendo dos relatores - afirmou Quintanilha, em entrevista à Agência Senado.

O presidente do Conselho de Ética disse ainda que está entrando em contato, por telefone, comos três relatores - Jefferson Péres (PDT-AM), João Pedro (PT-AM) e Almeida Lima (PMDB-SE) - e também com os líderes partidários, com o objetivo de encurtar os prazos para a apresentação e a votação dos pareceres no colegiado.

- Jefferson Péres prometeu entregar o relatório até o próximo dia 14. Espero que os senadores João Pedro e Almeida Lima façam o mesmo. Por isso, estou ligando não somente para eles (relatores), mas também para os líderes de seus partidos, para que trabalhem a favor desse prazo.

Processos

João Pedro é relator doprocesso que investiga se Renan teria utilizado prestígio político para favorecer a cervejaria Schincariol depois de a empresa ter comprado, por preço superior ao de mercado, uma fábrica de refrigerantes de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).

Já Jefferson Péres é o responsável pela condução do processo que apura se o presidente licenciado do Senado teria comprado, em parceria com o usineiro João Lyra, mas por meio de laranjas e sem declarar à Receita Federal, duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas.

Almeida Lima, por sua vez,apura denúncias de que Renan e o empresário Luiz Garcia Coelho teriam montado um suposto esquema de propinas para desviar recursos de ministérios comandados pelo PMDB.

Há ainda um outro processo contra Renan no Conselho de Ética, que tem por objetivo investigar se o senador por Alagoas estaria envolvido num esquema de espionagem para vigiar e chantagear os senadores da oposição Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).Mas esse processo ainda não tem relator.

09/11/2007

Agência Senado


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