VOTAÇÃO DO PROJETO DE REQUIÃO FOI ANTECEDIDA DE DEBATE



Um requerimento do senador Gerson Camata (PMDB-ES), pedindo o reexame pela Comissão de Educação do projeto que obriga todas as TVs por assinatura a transmitirem os trabalhos do Legislativo foi motivo de intenso debate em plenário. Antes da discussão, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), autor da iniciativa, defendeu a aprovação da matéria.O parlamentar argumentou sobre o significado democrático de os brasileiros terem a imagem e a voz dos parlamentares nas TVs por assinatura. Em sua opinião, essa é uma valiosa oportunidade de a população verificar ao vivo o que ocorre no Senado, na Câmara e nas comissões técnicas do Parlamento.Ele explicou que uma omissão da lei em vigor obriga apenas as TVs que operam por cabo a transmitir as imagens do Legislativo, ficando de fora as que transmitem por ondas. Como exemplo, disse que, por ser assinante da TVA, não recebe em casa as imagens da TV Senado. Lido o requerimento de adiamento apresentado por Gerson Camata, Requião imediatamente o contestou, argumentando que tratava-se de medida protelatória que não ajudaria em nada a divulgação do Legislativo. E pediu aos senadores que não o apoiassem. O senador Artur da Távola (PSDB-RJ) também insurgiu-se contra o requerimento, sutentando que não havia nenhuma questão educacional que justificasse o envio da matéria à Comissão de Educação. "A matéria se explica por si mesma", afirmou.O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu que o requerimento fosse considerado prejudicado, visto que a Comissão de Educação já havia se pronunciado sobre o assunto e em decisão terminativa. Roberto Freire (PPS-PE) considerou inepto o requerimento de Camata, sustentando que não havia fato novo que o justificasse.José Eduardo Dutra (PT-SE), por sua vez, observou que, pelo regimento interno, um requerimento só poderia ser lido se seu autor estivesse presente, e lembrou que Gerson Camata não estava no plenário. Osmar Dias também contestou o requerimento, dizendo que o projeto de Requião servirá para ajudar os senadores que, como ele, tem dificuldade de divulgar seu trabalho no estado. "Não sei há quanto tempo não falo na Globo do Paraná", disse ele.Ao final, o senador Carlos Patrocínio (PFL-TO), que presidia os trabalhos, submeteu o requerimento a votação. Rejeitada a idéia de adiamento, ele submeteu o projeto a votação. Aprovada, a matéria agora vai para à deliberação da Câmara dos Deputados.

09/05/2000

Agência Senado


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