Walter Pinheiro sugere política de prevenção de desastre




O senador Walter Pinheiro (PT-BA) defendeu em Plenário, nesta quinta-feira (17), a discussão, no âmbito do Senado, das matrizes energéticas brasileiras - desde a energia nuclear até a eólica. Ele também pediu que seja montado um plano de contingência para prevenção de desastres.

Citando a tragédia no Japão - um terremoto seguido de um tsunami que comprometeu a segurança de reatores nucleares - Pinheiro disse que o Brasil deve estar preparado para lidar com emergências semelhantes.

- É óbvio que precisamos, inclusive, dotar o país dessas estruturas. Do ponto de vista da ação policial, do atendimento ao cidadão, na área da saúde, os nossos Samus, a área da regulação, os nossos hospitais e, principalmente, na questão de defesa civil, não só para se atender ao chamado, mas, principalmente, para a prevenção. Para isso, é necessária a consolidação de planos de contingência - frisou.

De acordo com ele, o Brasil precisa ter a capacidade de se antecipar a tragédias monitorando as condições de solo e clima, por exemplo.

- Temos tecnologia disponível. O que está faltando é juntar os diversos esforços, canalizar corretamente os recursos, priorizar essa questão.

Pedido de cautela

Walter Pinheiro reconheceu a importância de o Senado ter uma Comissão Temporária Externa para visitar as instalações das usinas Angra 1 e Angra 2, embora tenha pedido cautela para que o acidente no Japão não leve a atitudes precipitadas.

- Agora, todo mundo é contra energia das usinas nucleares. Precisamos inclusive tratar isso com muito cuidado. Não podemos, de uma hora para outra, tomar uma decisão com um caráter satanizador dessa ou daquela matriz energética. Mais do que isso, a gente tem que discutir que há alternativas mais baratas, mais eficazes, e vamos caminhar na direção de implementar essas medidas.

Uma das soluções, na opinião do senador, é o uso da energia eólica. Pinheiro estimou que o Nordeste será responsável por metade de todo o potencial eólico que será implementado no país e a Bahia ficará com 15% de todo o potencial nacional.

Em aparte, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) acrescentou que, apesar de mais cara por ser ainda uma inovação, essa é uma tecnologia nova que aponta para o futuro.



17/03/2011

Agência Senado


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