Wellington vai pedir audiência pública para esclarecer denúncias contra a Abril feitas por Renan
O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) disse, em discurso no Plenário, nesta sexta-feira (10), que vai apresentar requerimento solicitando a convocação de representantes da Editora Abril, da empresa espanhola Telefônica e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para esclarecerem denúncias de supostas irregularidades relativas ao processo de transferência societária da concessionária TVA à Telefônica, feitas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. O requerimento solicitará uma audiência pública com os representantes dessas empresas na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), presidida por Wellington.
- Procuro ser justo, tanto com o presidente Renan como com os demais, e torço para que essa operação da Telefônica com a Editora Abril seja limpa, pois a Abril reflete a História do Brasil - disse o senador.
A denúncia sobre a operação foi feita por Renan em discurso no Plenário na última quinta-feira (9). O presidente do Senado disse que enviou ofícios à Polícia Federal, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ao Ministério das Comunicações, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao governo e ao Parlamento da Espanha, relatando irregularidades no processo de transferência societária da concessionária TVA à Telefônica.
Para Wellington, as denúncias feitas por Renan são muito graves. A TVA pertence ao Grupo Abril, que publica a Revista Veja e, por esse motivo, conforme Renan, a revista teria feito denúncias contra ele. Wellington disse que não pode ficar omisso em relação ao assunto, já que preside uma comissão que trata das outorgas para emissoras de radiodifusão, um dos focos das últimas denúncias contra Renan feitas pela revista.
O senador explicou, no Plenário, como são feitas as outorgas para essas emissoras, desde as fases preliminares. Segundo ele, o processo da outorga chega à comissão, onde é escolhido um relator para a matéria. A documentação é checada e o relator é escolhido pelo presidente da comissão, respeitando o princípio de seu maior conhecimento das empresas no estado onde está a emissora.
Wellington disse que, até o momento, não viu prova contundente contra Renan. Ao ressalvar que ele, Wellington, não tem nada a ver com a política de Alagoas, disse que ninguém pode ser condenado sem provas e chamou a imprensa de "partido da informação".
- A Abril exagera com seus editores, mas torço para que ela esteja limpa nessa história - disse.
10/08/2007
Agência Senado
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