Wilson Santiago quer criar Zona Franca do semi-árido nordestino




Para estimular a instalação de novas empresas, diminuir a desigualdade regional e ajudar o desenvolvimento econômico do Nordeste, o senador Wilson Santiago (PMDB-PB) defendeu nesta terça-feira (5) a criação da Zona Franca do Semi-Árido Nordestino, conforme proposta de emenda à Constituição (PEC) de sua autoria encaminhada à Secretaria Geral da Mesa. Segundo ele, é na região do semi-árido nordestino que a desigualdade econômica se faz mais presente.

Wilson Santiago informou que o semi-árido reúne 1.134 municípios, cuja população chega a mais de 22 milhões de pessoas, sendo que a maioria vive em situação de pobreza. Ele assinalou que foi por isso que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou e ampliou o programa Bolsa-Família, que teve continuidade no governo da presidente Dilma Rousseff.

- Diante dessa situação, fica clara a necessidade de que o Estado brasileiro implemente meios que promovam o desenvolvimento na região, gerando emprego e renda para toda a população - afirmou.

Pela proposta do senador, a zona franca teria como centro o município de Cajazeiras, na Paraíba, e sua área se estenderia para o Leste até o município de Patos, também na Paraíba. Ao Norte, iria até o município de Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte; ao Oeste, até o município de Juazeiro do Norte, no Ceará; e ao Sul, até o município de Serra Talhada, em Pernambuco.

Wilson Santiago explicou que a escolha dessa, área com raio de 100 quilômetros, se deu por estar geograficamente localizada no centro do semi-árido, além de estar próxima a aeroporto e porto e ter uma boa infra-estrutura rodoviária, por onde poderia ser escoada futuramente a produção industrial da zona franca.

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse, em aparte, que é testemunha dos efeitos positivos da Zona Franca de Manaus, pois 98% das florestas do Amazonas foram preservadas com a instalação de mais de 400 indústrias que geram mais de 400 mil empregos.

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse que "é inacreditável" que ainda hoje se bata na tecla das desigualdades regionais, por não existir política específica para acabar com elas.



05/04/2011

Agência Senado


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